O Conselho da Polícia Civil de São Paulo aprovou na última semana a demissão do delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Da Cunha, por conta de ter forjado a prisão de um chefe de uma facção criminosa. O processo administrativo foi encaminhado à Secretaria da Segurança Pública e seguirá para o governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), para decidir sobre a exoneração de Da Cunha do cargo.
A informação foi divulgada pela Folha. Segundo a publicação, ele ainda pode se tornar inelegível por conta da Lei da Ficha Limpa. Da Cunha é candidato a deputado federal por São Paulo, pelo MDB. No momento, o delegado responde a mais cinco procedimentos.
O delegado conta com 3,7 milhões de inscritos em seu canal no YouTube. Com a fama adquirida por meio dos vídeos, nos quais registra parte do seu cotidiano como delegado, ele decidiu disputar as eleições deste ano.
Os registros, no entanto, não tinham a autorização dos superiores, segundo a polícia. Entre os vídeos mais vistos do canal, com mais de 30 milhões de visualizações somadas, está o que registra a prisão de “Jagunço do Savoy”, suposto chefe do PCC.
Ainda segundo a Folha, esta prisão seria o alvo principal da decisão do Conselho, que atende um relatório feito pela Corregedoria do estado. Procurado pelo jornal, o policial ainda não se manifestou.
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