A prisão de Paulo Cupertino nessa segunda-feira (16), o tirou do topo lista de procurados do estado de São Paulo, pelo assassinato do ator Rafael Miguel e de seus pais.
A proximidade com um desfecho do caso rendeu um vídeo que circula nas redes sociais, que mostra o chefe da Polícia Civil de SP, Osvaldo Nico Gonçalves, apontando o dedo para Cupertino enquanto comemora a sua prisão com outros policiais, sorrindo e vibrando dentro de um elevador na sede da instituição, na capital paulista.
Confira o vídeo:
"Vamos", dizem alguns policiais nas filmagens. "Aêeee", berram outros. Em seguida, Nico, que é delegado-geral, se dirige a Cupertino, com o dedo indicador mostrando ele para a câmera, e fala alto e repetidas vezes: "Muda de São Paulo, muda de São Paulo".
É costume do chefe da Polícia Civil dizer o bordão "Muda de São Paulo" em entrevistas à imprensa, como um recado para os criminosos no estado. A explicação para o bordão é de que os crimes cometidos no estado não serão tolerados, e os policiais farão de tudo para prender bandidos.
O crime
A prisão de Cupertino ocorreu quase três anos após ele ter cometido o crime - ele atirou no ator Rafael Miguel e em seus pais. De acordo com a investigação, Cupertino não aceitava o namoro da filha, Isabela Tibcherani, que tinha 18 anos à época, com o ator, que tinha 22.
Os assassinatos foram cometidos em 9 de junho de 2019 na Zona Sul de São Paulo. O crime foi gravado por câmeras de segurança que mostraram o momento que o empresário saca a arma e atira 13 vezes nos três. O pai de Rafael, João Alcisio Miguel, tinha 52, e a mãe, Miriam Selma Miguel, 50.
Cupertino liderava a lista de mais procurados
A prisão de Cupertino passou a ser a prioridade da Polícia Civil de São Paulo, que já esteve perto de detê-lo há alguns anos, quando estava foragido em outros estados, como o Mato Grosso do Sul, e até no exterior, como no Paraguai. Nesses locais, ele chegou a usar disfarces e trabalhar.
Incluído na Difusão Vermelha da Interpol, Cupertino liderava a lista dos criminosos mais perigosos e procurados pela polícia de São Paulo.
Ao G1, os policiais que participaram da prisão de Cupertino alegaram que ele voltou à capital paulista porque estava precisando de dinheiro para continuar se escondendo. Para isso, morava num prédio alugado e estaria tentando trabalhar com comércio informal nas ruas.
Nesta terça-feira (17), Cupertino passará por audiência de custódia na Justiça para que seja definido qual o Centro de Detenção Provisória ele será encaminhado. Ele passou a noite no 77º Distrito Policial (DP), Santa Cecília, no centro da cidade.
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