Fhillip da Silva Gregório, o
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Fhillip da Silva Gregório, o "Professor"

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta quinta-feira (3),  dois suspeitos de integrar um grupo criminoso ligado às facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria movimentado mais de R$ 250 milhões por meio do tráfico de armas e drogas. A informação foi confirmada pelo Portal iG.

A “Operação Bella Ciao” foi deflagrada por agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e cumpriu mandados nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Segundo as investigações, o grupo atuava como uma espécie de "consórcio" do crime, voltado para o abastecimento do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.

A estrutura criminosa contava com pessoas interpostas, empresas de fachada, contas bancárias em nome de laranjas e uma rede de logística interestadual para movimentar os produtos ilícitos e dissimular a origem do dinheiro.

Em nota oficial, a Polícia Civil confirmou que um dos alvos presos é uma mulher capturada em Taubaté, no interior paulista. Segundo a polícia, ela tem ligação direta com o PCC e era responsável por intermediar contatos entre Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, e fornecedores de armas no Mato Grosso do Sul. O “Professor”, apontado como figura central no esquema, foi morto no início de junho. A suspeita também é ex-esposa de um chefe da facção preso no Rio em 2020, com atuação na fronteira do Brasil com o Paraguai.

O outro preso é um homem apontado como operador financeiro do CV. De acordo com a investigação, ele atuava na mobilização de recursos provenientes do tráfico e organizava eventos em comunidades do Rio, usados como fachada para misturar dinheiro legal e ilegal, uma estratégia para infiltrar os valores no sistema financeiro com aparência de receita lícita.

A apuração incluiu a análise de conversas telemáticas, dados bancários e laudos periciais. Além das prisões, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão para reunir mais provas e aprofundar o inquérito.

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