Depois da morte do irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, tomou o posto de liderança da maior milícia do estado do RJ.
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Depois da morte do irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, tomou o posto de liderança da maior milícia do estado do RJ.

O Secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marcus Amim, disse não acreditar na existência de um sucessor designado por  Zinho para liderar a milícia. Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, foi detido no último domingo, véspera de Natal, pela Polícia Federal. O paramilitar estava com 12 mandados de prisão pendentes e encontrava-se foragido desde 2018. Sua captura ocorreu após negociações entre seus advogados e as autoridades.

"Não acreditamos que ele tenha feito sucessor. Quando uma liderança se entrega assim, acaba perdendo legitimidade, vira uma carta fora do jogo", disse Amim em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27).

O secretário também destacou que a entrega de Zinho à PF não afeta a atuação da Polícia Civil, que, segundo ele, já prendeu diversos inimigos do estado.

"A gente recebeu a notícia com tranquilidade. Os antecessores de Zinho foram neutralizados em confronto, os agentes reagiram às tentativas de se evitar as prisões. No caso dele, não haveria risco, já que se entregou voluntariamente. A Polícia Civil já fez diversas prisões assim e não houve mortes." 

O governador Claudio Castro classificou a prisão de Zinho como resultado de um trabalho de inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Polícia Civil com apoio da Polícia Federal. Para ele, a preferência do miliciano à PF, não impacta a imagem das forças do estado, ressaltando que “não vai ter preso de um ou de outro, ele é criminoso”.

"Toda a negociação da prisão de Zinho foi feita com a Secretaria de Segurança Pública. Nós chamamos a Polícia Federal como apoio, é importante haver uma integração das forças. Não existe isso de preso de um ou de outro, ele é um criminoso, vale estar preso", afirma Castro. 

O governador manifestou solidariedade à família do policial militar falecido nesta quarta-feira durante uma operação em Vigário Geral. O agente estava dentro de um veículo blindado quando foi atingido fatalmente por um disparo na cabeça, proveniente da penetração de uma bala através de uma seteira, que é a abertura do veículo utilizada pelo policial para posicionar a arma.

"Não tem como falar em melhora nos números da segurança, quando perdemos uma vida assim. Os policiais estavam ali fazendo um trabalho de repressão contra facções rivais."

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