Zinho, Tandera e Abelha, respectivamente
Divulgação: Polícia do Rio
Zinho, Tandera e Abelha, respectivamente

Após  ataques a 35 de ônibus e um trem durante a segunda-feira (23) , o governador do Rio, Cláudio Castro, anunciou que o foco agora é capturar três bandidos que disputam por território e deixando vítimas em várias áreas do estado. "Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos enquanto não prendermos", disse o titular durante coletiva de imprensa.

O Rio de Janeiro entrou em um estágio de atenção na tarde de segunda após os ataques . A morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, acusado de ser um dos líderes da milícia, teria motivado os incêndios.

Veja quem são os procurados:

Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho , é o chefe da maior milícia fluminense. Ele ainda era tio de Faustão e teria incentivado os ataques a ônibus. O líder da quadrilha não possui passagem pela polícia e, antes de assumir o comando, fazia parte contabilidade e da lavagem do dinheiro da organização.

De acordo com investigações, Zinho lucra entre R$ 5 milhões a R$ 10 milhões mensais nos bairros de Santa Cruz, Campo Grande e Paciência. Grande aprte do dinheiro advém dos transportes alternativos, venda de sinal de TV clandestina e taxa de segurança.

O segundo procurado é  Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera , é paramilitar e um antigo parceiro de Zinho no crime. Após romper relações com Luis Braga, passou a invadir territórios comandados por outros grupos e hoje controla a região de Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu, todas na Baixada Fluminense.

Segundo o Ministério Público do Rio (MP-RJ), há registro de Tandera agindo com muita violência. Há gravações que envolvem decapitação, assassinatos a tiros, amputação, humilhação. Ainda, a quadrilha dele lava dinheiro através de operações financeiras com criptomoedas.

Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha , é o terceiro procurado. Ele é um dos principais nomes fora da prisão que é membro da maior facção fluminense. O criminoso é foragido pelo homicídio de Ana Cristina Silva, de 25 anos, baleada durante a invasão do bando dele ao Morro de São Carlos, em agosto de 2021, um mês após deixar a prisão. 

O caso da jovem ganhou repercussão por ela ser atingida ao tentar proteger o filho, de 3 anos na época.


Aumento da segurança no Rio

Nesta terça-feira (24), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que  membros do governo federal estarão hoje no Rio de Janeiro para realizar uma reunião com equipes dos governos estadual e municipal, além de membros da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar, secretário Nacional de Segurança Pública e o Coronel Alencar, comandante da Força Nacional estarão presentes na reunião no Rio.

"Estamos mantendo e ampliando operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões", escreveu o ministro da Justiça nas redes sociais.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!