Faraó dos Bitcoins
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Faraó dos Bitcoins

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (11) mais um mandado de prisão contra o empresário e ex-pastor Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins", que está preso desde agosto do ano passado. Também há buscas em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Essa é a quarta fase da Operação Kryptos. Ela foi intitulada de "Flyer One" - o primeiro avião dos irmãos Wright, inventores e pioneiros da aviação. Ao todo, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão, além da inclusão do nome de alguns dos alvos, que estão nos Estados Unidos, na Difusão Vermelha da Interpol. Nesta fase da operação, foram apreendidos 10 veículos de luxo, avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

Agentes da PF foram para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, para onde Glaidson foi levado depois que foi preso por crimes contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e lavagem de dinheiro, para cumprir o novo mandado de prisão. Na ação desta quinta, os agentes miram a “organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas no Brasil e no exterior”.

De acordo com a Polícia Federal, "a organização criminosa estendeu sua atuação ilícita para o exterior, promovendo a atividade de captação de recursos financeiros de terceiros nos Estados Unidos, Portugal e outros países. Conforme foi apurado, nos EUA a atuação foi estruturada por um indivíduo que saiu do Brasil portando passaporte falso, em razão de condenação prévia por tráfico internacional de drogas, ocasião na qual fora preso por ser um dos pilotos responsáveis pelo transporte de drogas do cartel comandado pelo narcotraficante Pablo Escobar".

Ainda segundo os investigadores, "a atividade se desenvolveu por meio da utilização de documentos falsos, notadamente mediante a criação de invoices (comprovantes fiscais) sem lastro, a fim de que fosse justificada a profusão de depósitos nas contas da empresa criada em solo americano. A saída dos valores se dava por meio do depósito, em favor do líder da organização criminosa, de criptoativos lastreados no dólar americano, também chamados de stablecoins".

A PF diz também que, o piloto "foi o responsável por viabilizar a documentação necessária à estada dos líderes da organização criminosa no país americano, bem como por satisfazer uma série de seus desejos pessoais como a aquisição de uma aeronave com capacidade para 19 pessoas, por meio da utilização de sua filha como interposta pessoa".

Segundo a PF, os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de prisão.

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