Queven da Silva e Silva foi preso horas depois da morte a tiros de Sarah Jersey Nazareth Pereira
Reprodução - 26.07.2022
Queven da Silva e Silva foi preso horas depois da morte a tiros de Sarah Jersey Nazareth Pereira

O suspeito de matar a ex-mulher no Centro do Rio, na madrugada desta terça-feira (26) , foi preso por uma equipe do Bairro Presente, que o encontrou, instantes antes, amarrado por traficantes dos Morros dos Prazeres, favela em Santa Teresa onde morava e para onde fugiu, disse o porta-voz da Polícia Militar, o tenente-coronel Ivan Blaz. Os agentes do 5º BPM encontraram Queven da Silva e Silva, de 26 anos, durante patrulhamento. Ele foi abordado nas proximidades da Rua Almirante Alexandrino, com a Rua Áurea.

Ele é o suspeito pela morte da cabeleireira Sarah Jersey Nazareth Pereira, de 23 anos, nesta madrugada. A ex-companheira de Queven foi morta a tiros dentro de casa ao lado dos dois filhos, um de dois meses e o outro de 4 anos, na Rua Tadeu Kosciusko, esquina com a Rua Riachuelo.

"Após cometer o crime, ele fugiu para os Prazeres. Então, os traficantes souberam do crime. Ele foi pego e estava amarrado na entrada do Morro dos Prazeres. O tribunal do tráfico do morro não aceitou e iriam matá-lo. Uma viatura do Bairro Presente do 5º BPM soube e o salvou", disse o porta-voz da Polícia Militar, o tenente-coronel Ivan Blaz.

Queven tem 47 passagens pela polícia, por crimes homicídio, roubo e tráfico, e mandados de prisão em aberto. O último mandado, por roubo majorado (uso de arma de fogo mediante violência ou ameaça), foi expedido em abril de 2021 pela 41ª Vara Criminal do Rio.

Segundo testemunhas, ele tem um histórico de ser violento e chegou a ameaçar de morte a vítima há dois meses.

O crime

Sarah foi morta a tiros dentro de casa ao lado dos dois filhos, um de dois meses e o outro de 4 anos, na madrugada desta terça-feira (26), na Rua Tadeu Kosciusko, esquina com a Rua Riachuelo, no Centro do Rio. Queven é o principal suspeito. Ele possui 47 anotações criminais, incluindo roubo, tráfico de drogas e homicídio, e estava foragido da Justiça do Rio desde 2016. Contra, ele há pelo menos oito mandados de prisão em aberto.

No quarto onde estava Sarah, peritos da Polícia Civil encontraram 16 cápsulas de pistola. Há aproximadamente dois meses o criminoso já teria tentado matar a ex-companheira com uma facada no pescoço.

Na ocasião, Sarah ficou internada por alguns dias no Hospital Municipal Souza Aguiar. De acordo com policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que estiveram no local, o rapaz teria chegado à casa da vítima por volta de 4h20 e feito três disparos para cima. Ao entrar na casa, Queven atirou diversas vezes contra a mulher, que morreu na hora.

Uma pessoa que mora perto da casa onde a cabeleireira foi assassinada diz que escutou os disparos e ainda teria visto a irmã da vítima correndo pela região para não ser morta. A testemunha disse também que a irmã ainda gritou para um rapaz em situação de rua fugir para não ser alvejado. O morador conta os momentos de terror:

"Era pouco depois das 4h30 quando os tiros começaram. Foram mais de 16 tiros. Minha gata que foi para a janela e me chamou a atenção. Os tiros, que estavam abafados, davam a impressão que vinham da Lapa. Como tivemos essa confusão há pouco tempo, eu achava que teria sido perto dos Arcos e não foi. Eu fui na janela e vi uma moto parada", conta o morador.

Pouco depois das 9h35 um carro de remoção da Defesa Civil chegou ao local para retirar o corpo de Sarah. Às 9h41, o veículo saiu em direção ao Instituto Médico-Legal (IML) do Centro. A mãe da jovem, desesperada, acompanhou a retirada do corpo. Ela não falou com a imprensa.

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