Cláudio Castro
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Cláudio Castro

Ao chegar à Marquês de Sapucaí na noite desta sexta-feira (22) para os desfiles do grupo especial, o governador do Rio, Cláudio Castro, lamentou o acidente que causou a morte da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos. Ela ficou presa entre um carro alegórico e um poste na dispersão da escola Em cima da hora, primeira a entrar na Avenida pela Série Ouro, e acabou não resistindo aos ferimentos na tarde desta sexta.

"Não tem como a gente não se sensibilizar e deixar solidariedade à família", afirmou Castro, que comentou também a informação divulgada pelo Corpo de Bombeiros sobre a falta de autorização para que a maior parte das agremiações da Série Ouro entrasse na Sapucaí, incluindo a própria Em cima da hora: "As escolas que não apresentaram alvará foram devidamente notificadas, e a Liga também. Tem que ver se houve algum problema e, se tiver, elas podem responder cível e criminalmente".

Na véspera, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, havia afirmado que a responsabilidade por vistoriar os carros antes dos desfiles cabia ao próprio Corpo de Bombeiros. A fala foi rebatida por Castro, que também eximiu o órgão de responsabilidade pela escolta das alegorias na dispersão, imposta pela Justiça após pedido feito pelo Ministério Público (MP-RJ).

"Essa é uma questão de operação, e a operação do carnaval é da prefeitura, assistida por nós. Nunca fico fazendo jogo de empurra. Estão querendo arrumar agora um culpado, um Cristo", disse o governador.

O carro alegórico envolvido na morte da menina foi apreendido, e a Polícia Civil investiga o caso. O governador, que voltou nesta quinta de viagem a Portugal e comparece à Sapucaí pela primeira vez no carnaval, reconheceu que a operação precisa ser aprimorada nos próximos anos. Em seguida, porém, ele voltou a citar a responsabilidade da prefeitura, dizendo que o governo atuará "conforme precisarem da nossa ajuda".

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Castro chegou ao camarote do governo do estado por volta das 21h45 desta sexta. Com sapato branco, o governador disse, com bom humor, que não tem "muito samba no pé", mas que pretende aproveitar os desfiles, em especial o da Mangueira.

Escolta na dispersão
Nesta sexta-feira, na dispersão da Imperatriz Leopoldinense, primeira escola do Grupo Especial a desfilar, integrantes da própria agremiação faziam a escolta dos carros que deixavam a Sapucaí, tal qual o determinado pela Justiça. Dezenas de homens da equipe de apoio e de segurança da Imperatriz  acompanhavam os veículos após o fim da passagem da escola. 

"Tivemos orientação da escola para guiar os carros  para não acontecer o que aconteceu com a menina na quarta-feira", contou um dos funcionários da escola que escoltava os veículos.

Equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal também observavam a movimentação na saída do Sambódromo. O reforço no policiamento foi mais uma medida imposta pela Justiça.

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