Na Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, as fortes chuvas que atingiram o estado na última sexta-feira, dia 1º, e madrugada deste sábado, provocaram imagens quase inacreditáveis. Uma enxurrada de lixo ficou flutuando em meio às correntezas formadas nas ruas da comunidade. Em alguns registros foi possível ver um redemoinho de lixo, tamanha era a quantidade.
Hoje, com volume de chuva mais ameno durante o dia, a situação é bem diferente. Como rastro, ficou bastante lama e lixo espalhado pelas ruas da Rocinha. O vice-presidente da associação de moradores da região, João Bosco, informou que a Comlurb esteve na comunidade de manhã para a limpeza no local. Como o volume foi grande, ainda no final da tarde era possível ver bastante lixo.
A cidade do Rio está em estágio de atenção desde 9h25. Sem previsão de obras que minimizem os impactos dos temporais na cidade, a prioridade da prefeitura para enfrentar a situação tem sido a interdição de vias com histórico de alagamento para evitar que motoristas e pedestres sejam pegos de surpresa e fiquem ilhados. Foi o que explicou o prefeito Eduardo Paes em entrevista ao GLOBO no Centro de Operações:
“Ontem, na rua Jardim Botânico, por exemplo, a altura da água chegou a 1,10 metro. E podemos diminuir os impactos fechando a via com antecedência, o que evitou que as pessoas ficassem engarrafadas com os carros cheios d’água. Houve o alagamento, mas não teve nenhum outro transtorno em consequência disso.”
Angra dos Reis, Paraty, Costa Verde e Baixada Fluminense enfrentam situações delicadas ainda neste sábado. Treze pessoas já morreram em decorrência da tempestade: sete mortes, de uma mãe e seis filhos, foram confirmadas pela Prefeitura de Paraty; cinco mortes em Angra dos Reis, também no Sul Fluminense; e uma em Mesquita, na Baixada. Na região da Costa Verde, ainda há desaparecidos.
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