O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro
, assinou nesta quinta (31), um decreto em prol as famílias da chacina de Vigário Geral
, de 1993. Desde de 2016, por um erro burocrático, os familiares
estavam sem receber as pensões antes concedidas pelo estado.
Um grupo de policiais havia sido atraído para uma emboscada criada pelos criminosos que dominavam a favela na época. E na madrugada de 29 de agosto de 1993, um grupo de extermínio, composto por cerca de 40 homens bens armados e encapuzados, invadiu a favela de Vigário Geral, na Zona Norte da cidade. O grupo arrombada a porta de casas aleatoriamente e executaram 22 moradores.
O caso gerou conflitos graves na polícia do Rio de Janeiro . O Congresso Nacional pedia uma intervenção militar no estado, doze oficiais tinham sido exonerados e o comandante geral da Polícia Militar na época, coronel César Pinto, deixou o cargo.
A partir de agora, a pensão passa a ser vitalícia e os familiares, já na primeira semana de janeiro, irão receber as parcelas referente dos anos 2019 e 2020 que ficaram pendentes. As seis famílias das 21 vítimas mortas na cachina irão receber o valor de R$3.135 mensais.
"Não podemos esquecer nunca esse triste capítulo da nossa história que foi a chacina de Vigário Geral. Voltar a pagar essas pensões é a correção de um erro. Um erro diante do qual o estado não pode ficar calado com tamanha injustiça. Então, falamos com os órgãos de controle e pudemos reativar esse pagamento, além de quitar os atrasados", declara o governador em exercício.
As famílias somente voltaram a receber a quantia por um acordo burocrático feito entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Diretos Humanos e pela Secretaria da Fazenda.