Eduardo Bolsonaro e o deputado estadual Paulo Mansur (PL), nos Estados Unidos
Reprodução/redes sociais
Eduardo Bolsonaro e o deputado estadual Paulo Mansur (PL), nos Estados Unidos

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou, em vídeo postado pelo deputado estadual Paulo Mansur (PL), dos Estados Unidos, que reagiu à prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com “um minuto de tristeza”, mas que ganhou “10 anos de gás para continuar trabalhando” para enfrentar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, alegando perseguição política, também fez uma análise sobre as eleições de 2026. Assista:


“Por conta de ser meu pai, foi um minuto de tristeza e depois 10 anos de gás para continuar trabalhando. Então, eu tô cheio de energia, né? Estou utilizando a revolta e o sentimento de injustiça para levar a justiça e denunciar os abusos de direitos humanos do Moraes e quem sabe até trazer mais consequências àquelas pessoas que apoiam Moraes porque, no final das contas, a gente sabe que ele lidera uma perseguição, mas não age sozinho. A gente segue firme e forte aqui”, disse Eduardo Bolsonaro a Mansur (PL), que foi ao Texas (EUA) para se reunir com o parlamentar e postou o vídeo em suas redes sociais.

Sobre o cenário eleitoral de 2026, Eduardo Bolsonaro disse que só será eleito um candidato à Presidência da República que tenha “a permissão de Moraes”.

“Se apelarem para não deixar realmente nenhum Bolsonaro sair candidato a presidente - por exemplo, meu pai deveria ser o candidato natural - mas a gente ainda não tem as instituições, o Estado Democrático de Direito no Brasil fortes... Depois, estão me acusando agora de coação, mirando os canhões mais recentemente contra o Flávio Bolsonaro. Se chegar num momento desse, que nenhum de nós possa sair candidato, esqueça, o Brasil não será mais uma democracia. E aquela pessoa que vai ser eleita em 2026 com a permissão do Moraes, nada mais será do que uma marionete dele. E é isso que eu quero evitar chegar”, criticou.

Ainda na opinião de Eduardo Bolsonaro, se esses fatos que ele aponta sobre sua família se concretizarem, as eleições brasileiras não serão reconhecidas.

"Muito provavelmente a comunidade internacional não reconhecerá as eleições brasileiras, tal qual não reconhece a eleição da Venezuela ... ou pior ainda, igual a da Nicarágua", compara ele.

Eduardo Bolsonaro foi para os Estados Unidos em fevereiro e desde então tenta exercer o seu mandato à distância, sem sucesso.

Enquanto isso, vem colecionando faltas injustificadas desde agosto, quando terminou seu período de licença parlamentar.

Por conta das faltas, na semana passada, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) incluiu o nome do deputado na Dívida Ativa da União, a pedido da Câmara dos Deputados.

Entenda:  Eduardo Bolsonaro entra na lista de devedores da União

Também neste mês, a Primeira Turma do STF julgou e decidiu por unanimidade, aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro e torná-lo réu por coação no processo da trama golpista envolvendo seu pai.


Ele também é acusado de coação por defender sanções norte-americanas ao Brasil, incluindo tarifas de exportação, suspensão de vistos de entrada de autoridades brasileiras e aplicação da Lei Magnitsky.

Nesta última terça-feira (25), o STF deu por encerrado o processo envolvendo o núcleo 1 da trama golpista e determinou o início do cumprimento das penas.

Jair Bolsonaro, um dos réus condenados, iniciou a execução de sua pena  de 27 anos e 3 meses em uma cela da Superintendência da Polícia Federal de Brasília, onde já estava em prisão preventiva desde o sábado (22).


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