O Senado oficializou, nesta quinta-feira (4), o afastamento do senador Marcos do Val (Podemos-ES), por 115 dias, para tratamento de saúde. A Junta Médica da Casa atendeu pedido do senador, que continua recebendo salário.
Marcos do Val é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF)
por suposta de promoção de campanha para intimidar e constranger policiais federais responsáveis por investigações em andamento no Supremo.
Ele também é suspeito de arquitetar um plano para anular as eleições de 2022.
O pedido de afastamento de Marcos do Val foi protocolado no fim de agosto, segundo o Senado, um dia antes da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de relaxar medidas cautelares impostas contra o senador.
Ele foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e teve as contas bancárias bloqueadas
após descumprir decisão do Supremo e viajar aos Estados Unidos
. Também foi proibido de deixar o país.
Porém, um acordo costurado pelo Senado com o STF suspendeu parte das limitações impostas ao parlamentar. O pedido de licença foi citado por Moraes na decisão de suspender parte das medidas cautelares.
Em nota publicada no final do mês passado, em uma rede social, o senador alegou que pediu a licença para cuidar da família.
“Solicitei licença temporária do Senado Federal para estar ao lado da minha mãe, que luta contra o câncer, e do meu pai, que passou por uma cirurgia delicada. Também para estar mais próximo da minha filha, a quem tenho amor incondicional, e que precisa de um pai presente neste momento importante de sua adolescência”,
justificou, na nota.
Com o relaxamento das medidas cautelares, o senador voltou a usar as redes sociais, desde que não faça ataques ao Estado Democrático de Direito, e retomou suas contas bancárias e salário.
Foi mantida a proibição de deixar o Brasil.