O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou a região do Rio São Francisco, na Bahia, na manhã desta quinta-feira (18), ao mesmo tempo em que a Polícia Federal deflagrava uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), suspeito de envolvimento em uma trama de tentativa de golpe de Estado.
Enquanto os desdobramentos jurídicos sacudiam Brasília, Lula participava de uma agenda oficial voltada à saúde pública no município de Juazeiro . O presidente embarca para Brasília no começo da tarde de hoje e só deve chegar à capital por volta das 15h35, segundo a agenda oficial.
A cerimônia fez parte da agenda do Novo PAC Seleções 2025 e do programa Agora Tem Especialistas, com foco na ampliação do atendimento médico especializado em todo o país.
Durante o evento, realizado na Orla II de Juazeiro, o presidente anunciou novas entregas na área da saúde, incluindo a distribuição de kits de teleconsulta, a construção de novas unidades de atendimento e a ampliação dos turnos em policlínicas e UPAs, inclusive aos finais de semana.
“O Brasil está melhorando. A saúde está crescendo”, afirmou Lula em discurso. “Quando eu assumi, em 2023, só tinham 13 mil médicos no Brasil. Agora já temos mais de 26 mil. O povo tem o direito de fazer uma ressonância magnética, de tirar uma fotografia do coração, do peito e da barriga”, disse, ressaltando que o SUS precisa garantir atendimento integral em um só local, evitando deslocamentos desgastantes aos pacientes.
Além dos anúncios, Lula sancionou o projeto de lei que amplia o direito das mulheres à cirurgia reparadora da mama pelo SUS, em casos de mutilação parcial ou total. Segundo o presidente, o gesto representa um reconhecimento do papel das mulheres na sociedade e no combate à violência.
A Bahia, estado anfitrião do evento, foi uma das primeiras unidades da federação a iniciar a expansão dos horários de atendimento em policlínicas.
A unidade visitada por Lula, em Juazeiro, já atende aos fins de semana e à noite, beneficiando diretamente cerca de 588 mil pessoas em dez municípios vizinhos, com expectativa de realizar quase 311 mil exames e consultas por ano .
Ao lado do presidente estavam o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que destacaram os investimentos de R$ 5,96 bilhões no setor e a meta de alcançar 90% dos municípios brasileiros com novas estruturas e equipamentos de saúde.
“Esse esforço é para reduzir o tempo de espera no SUS. Vamos trabalhar até à noite, aos sábados e domingos, porque o povo não pode esperar”, afirmou Padilha.