
A promotora de Justiça Eliana Passarelli, do Ministério Público de São Paulo, relembrou os tempos em que foi professora de Suzane von Richthofen na faculdade, antes dela assassinar os pais, e afirmou que a jovem já apresentava um comportamento "dissimulado".
Em entrevista ao programa “Alô Você”, do SBT, Passarelli disse que Suzane era considerada uma aluna “normal”.
"Era uma menina normal, com inteligência média dentro das notas. Brincava com um professor muito querido, que tinha o rosto rosado e cara de papai noel. Ela apertava a bochecha dele e dizia: ‘Oi, professor, você será meu papai noel no Natal’. Não era uma brincadeira infantil, era algo dissimulado", afirmou a promotora.
Na época do crime, em 2002, Suzane estudava Direito e mantinha um bom relacionamento com os colegas. Tanto que, segundo Passarelli, a notícia da morte de Manfred e Marísia von Richthofen mobilizou os estudantes, que prestaram solidariedade à colega.
"Toda a classe esteve no velório. Aquela foto emblemática do velório mostra todos os meus alunos. Todos tinham muita pena dela, foram até a casa consolar essa menina", disse.
Crime chocou o Brasil
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, ocorrido em outubro de 2002. Atualmente, cumpre a pena em regime aberto, o que permite que permaneça em liberdade sob condições específicas, como manter endereço fixo e se apresentar periodicamente à Justiça.
Desde janeiro deste ano, ela tem sido vista com frequência em Águas de Lindóia (SP), cidade com cerca de 18 mil habitantes, para a qual teria se mudado após o marido, o médico Felipe Zecchini Muniz, ser aprovado em concurso e começar a trabalhar em um hospital local.