
A idosa que estava internada há um mês após comer uma torta de frango intoxicada , em Belo Horizonte (MG) , morreu nesta terça-feira (27). Ela era uma das três pessoas da mesma família que estavam em estado grave após o consumo do alimento, em uma padaria da capital.
Cleuza Maria de Jesus Dias estava no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital MedSênior Pampulha , na capital mineira , desde 22 de abril deste ano. A possível intoxicação alimentar ainda é investigada pelas autoridades.
As informações da morte da idosa foram divulgadas pelo O Globo. O Portal iG entrou em contato com o grupo MedSênior, que informou não poder divulgar possíveis informações de pacientes das unidades.
As outras duas pessoas da família, a sobrinha da idosa, Fernanda Isabella de Morais Nogueira , de 23 anos, e o namorado da jovem, José Vitor Carrilho Reis , de 24, continuam hospitalizados em Sete Lagoas , na Região Central de Minas Gerais.
Relembre o caso

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga um possível caso de envenenamento ocorrido em Belo Horizonte após três pessoas apresentarem sintomas graves de intoxicação alimentar, no meio de abril deste ano.
As vítimas consumiram alimentos adquiridos em uma padaria localizada no bairro Serrano, na região noroeste da capital. A ocorrência teve início após o consumo de uma torta de frango, comprada no sábado anterior (19 de abril), e ingerida na segunda-feira (21 de abril).
A idosa, residente em Belo Horizonte, recebeu a visita do casal, que mora em Sete Lagoas, na região metropolitana de Minas. Os três teriam se alimentado juntos no início da tarde, e os sintomas começaram a se manifestar poucas horas depois.
O estabelecimento que vendeu o salgado fica no bairro Serrano, na Região da Pampulha, e foi interditado pela Vigilância Sanitária em 23 de abril.
Suspeita de envenenamento
Os médicos dos hospitais onde os três foram atendidos também chegaram a levantar a chance de envenenamento por organofosforados e carbamatos, substâncias usadas em pesticidas. Outras possíveis causas de intoxicação alimentar com sintomas de neurointoxicação estão sendo investigadas.
O dono do estabelecimento foi conduzido à delegacia, onde prestou depoimento. Ele afirmou que a produção da torta foi feita por um padeiro contratado exclusivamente para o fim de semana.
O funcionário temporário não teve seus dados registrados e foi pago em espécie. À polícia, ele relatou que levou parte da torta para a própria família. Ele e os parentes não relataram nenhum mal-estar após o consumo.