Os sintomas iniciais da raiva incluem febre leve, dor de cabeça, mal-estar, irritabilidade e dormência
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Os sintomas iniciais da raiva incluem febre leve, dor de cabeça, mal-estar, irritabilidade e dormência


Um caso de raiva humana foi confirmado em Pernambuco após uma mulher de 56 anos ser atacada por um sagui na região de Santo Amaro, no Recife. A paciente foi internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz e se encontra em estado grave, sob ventilação mecânica e sedação profunda.

O laudo confirmatório da infecção pelo vírus da raiva foi divulgado pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, no dia 9 de janeiro, marcando o primeiro caso da doença no estado desde 2017.

De acordo com a médica Ana Flávia Campos, do Huoc, a paciente apresentou piora significativa após os primeiros dias de atendimento, desenvolvendo insuficiência respiratória e um quadro neurológico grave de agitação.

"De lá para cá, não precisou de suporte, urina bem, não tem sinais de infecção bacteriana secundária e está seguindo sob sedação profunda. Ela continua sendo monitorada pela equipe médica acerca de possíveis complicações da doença, seguindo com o tratamento e observando caso apareça algum aumento significativo dessas dificuldades", explicou ao site JC.

A paciente, residente em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, teve contato com o animal após este fugir da mata devido a queimadas na região.

O vírus da raiva identificado no caso é de origem silvestre, transmitido através de mordedura, arranhadura ou lambedura de animais infectados, como cães, morcegos, primatas, raposas, felinos e bovinos. A doença é causada por um vírus do gênero Lyssavirus e possui taxa de letalidade de 100%.


Sintomas

Os sintomas iniciais da raiva incluem febre leve, dor de cabeça, mal-estar, irritabilidade e dormência, progredindo para quadros mais graves, como ansiedade aumentada, delírios, espasmos musculares involuntários, convulsões, hidrofobia, aerofobia e fotofobia.

No caso da paciente pernambucana, o quadro teve início com dormência na mão esquerda, dor e fraqueza irradiando para o tórax, evoluindo rapidamente para condições graves.

Entre 2010 e 2024, foram registrados 48 casos de raiva humana no Brasil. Morcegos respondem por 50% das infecções, enquanto cães e primatas não humanos somam 19% e 12%, respectivamente. A vacinação pré ou pós-exposição é a medida mais eficaz para prevenir a doença, já que não há cura.

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