Os números iniciais da operação de resgate de brasileiros no Líbano indicam que mais de dez voos serão necessários para trazer todos os que desejam retornar ao Brasil. Cada aeronave tem capacidade para cerca de 240 passageiros , e, até agora, 3.000 brasileiros preencheram formulários para o retorno. A informação é da colunista da Folha de São Paulo, Monica Bérgamo.
Na semana passada, o Itamaraty disponibilizou um formulário para que os interessados pudessem se inscrever na fila de repatriação, visando estimar quantas pessoas desejam deixar o país em meio ao conflito. O formulário ainda está aberto, o que significa que o número de solicitantes pode aumentar. Estima-se que cerca de 21 mil brasileiros residam atualmente no Líbano.
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A previsão é que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) busque os cidadãos no aeroporto de Beirute, que continua operando, apesar das dificuldades impostas pela demanda crescente e cancelamentos de voos.
O primeiro voo está programado para decolar nesta quarta-feira (2) da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com previsão de trazer 220 brasileiros. A data de retorno ainda não foi definida e depende de "coordenações e protocolos adicionais".
Como é o KC-30
A operação conta com o uso de um KC-30, o maior avião já operado pela Força Aérea Brasileira. O primeiro voo de resgate partiu da Base Aérea do Galeão à 0h47 desta quarta-feira, com destino a Beirute, mas fará uma escala em Lisboa, Portugal. O trajeto do Brasil até Portugal tem duração prevista de 9h20.
Com 59 metros de comprimento, o KC-30 é capaz de transportar até 238 passageiros e 45 toneladas de carga, voando uma distância de até 14,5 mil quilômetros. A aeronave, que pesa 119 toneladas, pode atingir uma velocidade de 913 km/h. Além da tripulação de pilotos, profissionais da área de saúde, incluindo médicos e enfermeiros, farão parte da missão para oferecer suporte necessário.
A operação foi nomeada de "Raízes de Cedro" pela Aeronáutica.
O número de pessoas que buscam ajuda para sair do Líbano lembra a situação de 2006, quando o Brasil realizou uma operação semelhante durante a guerra entre Israel e o Hezbollah. Com a atual escalada de tensões, a repatriação se torna uma prioridade para o governo brasileiro.
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