SP pode ficar até 6°C mais quente até 2050 e ter ondas de calor com mais de 150 dias, diz pesquisa
Reprodução/Marcelo Camargo - Ag.Brasil
SP pode ficar até 6°C mais quente até 2050 e ter ondas de calor com mais de 150 dias, diz pesquisa

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu mais um alerta nesta quarta-feira (11) sobre uma onda de calor que está afetando quase todo o Brasil. A previsão é de baixa umidade combinada com altas temperaturas devido a uma nova onda de calor que avança de Rondônia ao Paraná. De acordo com o alerta, a temperatura pode subir até 5ºC acima da média histórica nos próximos dias, caracterizando um "grande perigo".

O alerta meteorológico abrange os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, sul de Minas e Amazonas. A onda de calor começou na segunda-feira (9) e deve persistir por dois a três dias. Em algumas cidades, as temperaturas podem ultrapassar os 40ºC.

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A umidade relativa do ar também está abaixo do normal, variando entre 30% e 20% nesta quarta-feira (11), de acordo com o Inmet. O alerta abrange 21 estados: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. Uma onda de calor menos severa, com alerta laranja de "perigo", afetará os estados do Sul.

A MetSul Meteorologia afirma que o Brasil está sob a influência de uma massa de ar extremamente seco e quente, resultando em umidade muito baixa. A umidade relativa do ar fica entre 10% e 20% nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste, com níveis até abaixo de 10% em alguns locais durante a tarde, o que se assemelha a condições desérticas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera níveis abaixo de 20% como uma situação de emergência.

O último final de semana foi marcado por temperaturas acima de 40ºC em várias cidades, como Cuiabá (42,6ºC), Aquidauana (MS) com 41ºC e São Miguel do Araguaia (GO) com 40,3ºC. A MetSul indica que a onda de calor no Brasil vai intensificar-se ainda mais durante esta semana.

A estiagem prolongada e o solo cada vez mais seco criam um ciclo de retroalimentação, com a massa de ar seco e quente se intensificando e se expandindo. Além dos alertas de calor e baixa umidade, o Inmet também prevê fortes ventos no Nordeste, emitindo alertas de vendaval e ventos costeiros que devem afetar oito estados.

Alta de queimadas

O aumento das queimadas, exacerbado pela seca, tem impactado as cidades do Norte e do Sul do Brasil, contribuindo para o aumento das temperaturas. Enquanto os estados do Norte enfrentam queimadas na Amazônia, a fumaça se desloca para os estados do Sul e Sudeste, devido a um corredor de vento que transporta a fumaça por todo o país.

No final de semana passado, foram registrados 7.028 focos de calor em todo o Brasil, segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Julho e agosto deste ano marcaram recordes de focos de calor, principalmente na Amazônia, onde o nível de chuva está abaixo do normal, afetando bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais vulnerável ao fogo.

Dados da IQAir indicam que no domingo (8), Porto Velho, Rio Branco e São Paulo tiveram as piores qualidades do ar no mundo.

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