Compra de carro de luxo foi pivô para prisão de Deolane
Reprodução/Instagram
Compra de carro de luxo foi pivô para prisão de Deolane


Deolane Bezerra foi presa na última quarta-feira (4) pela Polícia Civil em operação que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais . A “Operação Investigation” apreendeu dezenas de imóveis, embarcações, aeronaves, veículos e objetos de luxo. 

Em depoimento após a prisão, Deolane confirmou que comprou um carro de luxo de Darwin Henrique da Silva Filho , dono da casa de apostas Esportes da Sorte : uma Lamborghini Urus S, por R$ 3,85 milhões.

De acordo com a Polícia Civil, o pagamento à vista pela compra e pela venda de carros de luxo feitas pela empresa e pelo empresário gerou "indícios da perpetração de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas esportivas". Além de Deolane,  Darwin Filho e a mãe da influenciadora, Solange Bezerra , também foram presos pela operação.

Apreensões

Na quinta-feira (5), a polícia divulgou um balanço parcial da operação, que já solicitou o bloqueio gradativo de bens e ativos financeiros avaliados em R$ 3 bilhões. De acordo com o delegado Renato Rocha, que investiga o caso, apenas em um local foram encontrados 11 relógios da marca de luxo "Rolex". Até agora, a Operação "Integration" apreendeu, além de documentos que estão sendo analisados, os seguintes itens:

  • Duas aeronaves e dois helicópteros avaliados em R$ 127 milhões;
  • Cinco automóveis de luxo avaliados em R$ 24.440.196,79;
  • R$ 439.869 em espécie;
  • U$ 2.153 dólares americanos em espécie (o equivalente a cerca de R$ 12.146,15);
  • € 5.819 euros em espécie (o equivalente a cerca de R$ 36.372,34);
  • £ 6.310 libras esterlinas em espécie (cerca de R$ 46.567,80);
  • 37 bolsas femininas de luxo;
  • 76 anéis e 17 joias de diversos modelos;
  • 16 relógios de luxo;
  • Garrafas de vinho avaliadas em torno de R$ 5 mil cada uma.


Foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em seis estados: Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba e São Paulo. Segundo o inquérito, a organização criminosa lavava dinheiro através de diferentes empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros.


De acordo com a apuração, o dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados (com saque imediato do montante), compra de veículos de luxo, jóias, aeronaves, embarcações, relógio de luxo e compra de imóveis.

A polícia identificou transações atípicas de pessoas físicas e jurídicas sem suporte para as transações comerciais e financeiras. Essa ação já caracteriza indícios de crimes financeiros, já que, para os investigadores, a maioria dos integrantes tem padrão de vida incompatível com a renda e bens declarados.

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