Três agentes da Polícia Militar (PM) foram condenados nesta quarta, 28, pelo assassinato de José Bonifácio Sobrinho Junior, ou Bony Junior, em 2012. Ele era cantor sertanejo e foi morto com um tiro na cabeça em Goiatuba, Goiás.
Os suspeitos do crime eram Silmar Silva Gonçalves, André Luís Rocha e Aluísio Felipe dos Santos. O trio foi condenado a 14 anos e três meses de prisão para cada.
O julgamento foi em júri popular e a pena será, primeiramente, em regime fechado, como determinou o Tribunal de Justiça de Goiás. Os acusados podem recorrer.
Aluísio na PM, e Silmar e André foram dispensados da função e não terão mais aposentaria da polícia. Edson Silva da Cruz, outro PM, também era réu mas morreu durante o processo.
O crime
Bony Junior foi executado com um tiro na cabeça em 28 outubro de 2012. De acordo com relatos oficiais, ele dirigia a alta velocidade em rodovia e estava sob efeito de álcool.
O carro se Bony bateu contra uma viatura da polícia. Um dos policiais dentro do veículo ficou gravemente ferido, e isso estimulou os colegas a atiraram nele.
Investigações posteriores descobriram que os PMs chegaram a implantar uma arma no carro do cantor após o assassinato. A ideia era simular um confronto armado entre vítima e polícia, o que poderia isentarar da culpa de assassinato.
Julgamentos e processos
Os PMs foram julgados também em 2016. O júri anunciou, então, homicio culposo (sem intenção de matar), e a família da vítima recorreu. O novo júri, de 2024, negou a possibilidade de crime doloso.
Considerou-se, no novo julgamento, que os policiais tiveram intenção de matar e agiram de modo a impossibilitar a defesa da vítima. O trio foi considerado de homicídio doloso, com intenção de matar.
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