As enchentes de maio no Rio Grande do Sul atingiram mais de 1 milhão de processos no Arquivo-Geral do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), na Zona Norte de Porto Alegre. Por conta da água, houve formação de mofo e o nascimento de cogumelos nos processos.
As equipes só conseguiram entrar no tribunal no dia 5 de junho, devido às camadas de lama, materiais orgânicos e óleo, o que contribuiu para a proliferação de fungos no local.
Os arquivos não estão mais legíveis por conta da inundação. No entanto, funcionários, magistrados e terceiros trabalham para recuperar os documentos.
Milhares de processos
O acervo guarda cerca de 3 milhões de processos, que vão desde registros para a aposentadoria até comprovações de tempo de previdência.
No local, há também processos considerados Patrimônio da Humanidade, em razão do valor histórico. Alguns até receberam o selo “Memória Mundo”, da UNESCO.
Ainda, por segurança e questões de saúde, a permanência no local é permitida somente por quatro horas diárias. A medida previne também a queda de prateleiras com seis metros de altura.
Tragédia no RS
Os temporais e as cheias que atingem o Rio Grande do Sul no mês de maio deixaram 180 vítimas, segundo a Defesa Civil. Além disso, 32 pessoas ainda estão desaparecidas. Dos 497 municípios do estado, 478 registraram contratempos relacionados aos temporais, que afetou quase 2,4 milhões de pessoas.
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