Joias da empresária que está presa em casa
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Joias da empresária que está presa em casa

A polícia de Minas Gerais encontrou na casa da  empresária Samira Monti Bacha Rodrigues itens de luxo avaliados em cerca de R$ 15 milhões, segundo informações do Fantástico. A mulher, que cumpre prisão temporária em casa, por ser mãe de duas crianças, é suspeita de envolvimento em fraudes financeiras milionárias por meio de crédito financeiro e cartões, em empresa da qual era sócia. Os golpes teriam começado em 2020.

De acordo com a investigação, Samira desembolsava grandes quantias durante viagens internacionais. Após retornar ao Brasil, ela comercializava produtos de luxo por valores abaixo do mercado, conforme afirmam as autoridades. Durante uma única viagem a Dubai, por exemplo, ela gastou US$ 148 mil (equivalente a R$ 813 mil) na compra de joias.

Na semana passada, a Polícia Civil realizou uma operação em sua residência. Durante a ação, foram apreendidos artigos de luxo, carros e uma quantia significativa em dinheiro vivo. Ao todo, os itens foram avaliados em R$ 15 milhões.

Ela é suspeita de desviar um total de R$ 35 milhões das empresas em que foi sócia.

Samira vivia com o marido, a família e três empregadas em um apartamento avaliado em R$ 6 milhões, localizado em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a polícia, ela é apontada como a mente por trás do esquema de fraudes. 


Os crimes

Samira teria iniciado as fraudes em uma empresa de cartões de benefícios, que operava como vale-alimentação para funcionários de empresas parceiras. Em 2018, ela se tornou sócia da empresa devido a uma relação próxima com o proprietário, mas a polícia afirma que os crimes foram cometidos sem o conhecimento dele.

Os desvios de valores começaram a aumentar em 2023, quando a mulher expandiu suas operações para o setor de cartões médicos, que envolvem valores maiores. Segundo a polícia, o valor das fraudes chegou a R$ 500 mil.

Foi então que clientes começaram a relatar problemas às duas empresas, e a empresária manipulou planilhas para encobrir os problemas. Segundo o delegado Alex Machado, ela gerenciou a crise alterando dados nas planilhas e saldos, além de orientar funcionários a não divulgar nenhum problema aos outros sócios das empresas.

Antes de ser presa, a última empresa em que trabalhou movimentava milhões na área de antecipação de recebíveis. Samira teria simulado transações como se fossem de clientes, cobrando valores de outras empresas, mas direcionando o montante para sua própria conta bancária.

Um funcionário da terceira empresa descobriu as fraudes e informou os sócios. Estes confrontaram a mulher, que prometeu devolver os valores e chegou a devolver parte do dinheiro.

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