Samira utilizava agiotas para sacar o dinheiro
Reprodução: Redes Sociais
Samira utilizava agiotas para sacar o dinheiro

Samira Monti Bacha Rodrigues, de 40 anos, é conhecida por sua discrição, raramente ostentando nas redes sociais. Quando aparece usando joias, escolhe com parcimônia, demonstrando um conhecimento do valor de cada peça. Ela é suspeita de desviar um total de R$ 35 milhões das empresas em que foi sócia. As companhias eram todas especializadas em crédito financeiro e cartões. Os golpes teriam começado em 2020.

A empresária mineira fosse detida em seu apartamento, situado em uma das áreas mais valorizadas de Minas Gerais, com um imóvel estimado em R$ 6 milhões.

De acordo com as investigações, Samira estava envolvida em uma fraude com cartões de benefícios, como os de vale-refeição, cada um com aproximadamente R$ 600. A polícia descobriu que Samira emitia cartões com valores superiores e ficava com a diferença. Em apenas um cartão em seu nome, estima-se que o valor fraudado tenha alcançado R$ 500 mil. Para sacar o dinheiro, Samira contava com a ajuda de agiotas.

Ainda, segundo os investigadores, Samira utilizava o dinheiro em espécie para fazer viagens internacionais, comprando joias e outros itens de luxo. Ao retornar ao Brasil, ela vendia essas mercadorias por preços abaixo do mercado.

Durante a operação policial, que resultou na apreensão de dinheiro e carros de alto valor, os artigos de luxo foram os mais notáveis: bolsas avaliadas em R$ 200 mil e diversas joias.

Ademais, os itens de luxo encontrados na residência de Samira, estimados em R$ 15 milhões, teriam sido adquiridos com dinheiro ilícito. A polícia também constatou que esses artigos eram usados para lavar o dinheiro.

Os investigadores descobriram que Samira Bacha se associou à proprietária de uma joalheria para vender os produtos adquiridos com dinheiro desviado. A loja está localizada em um edifício que abriga várias lojas de alto padrão, onde a polícia também realizou buscas e apreensões.

De acordo com as autoridades, uma peça de R$ 200 mil trazida do exterior por Samira poderia ser revendida à joalheria por R$ 80 mil. Como Samira pagava pelas compras com o dinheiro do golpe, os R$ 80 mil representavam lucro líquido para ela. A polícia afirma que o lucro da joalheria vinha da revenda das peças pelo valor de mercado.

Os valores gastos por Samira precisavam ser pagos pelas empresas das quais ela era sócia. No entanto, a empresária manipulava as planilhas para ocultar essa dívida.

Samira cumpre prisão temporária em casa, por ser mãe de duas crianças.

Em nota, os advogados de Samira disseram que "em razão do segredo de justiça e de as investigações estarem ainda no início, os advogados e a própria Samira Bacha não se manifestarão pela imprensa. E que ela e seus familiares sempre estiveram à disposição da justiça para esclarecimentos, e assim permanecem".

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