Renê Senna e a filha Renata
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Renê Senna e a filha Renata

herança milionária de Renê Senna, vencedor de um prêmio de R$ 52 milhões da Mega-Sena assassinado em 2007, tornou-se alvo de disputas judiciais na família do lavrador.

Senna foi executado em janeiro de 2007, quando saía de um bar em Rio Bonito, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Dezessete anos após a morte, a fortuna dele é estimada em R$ 100 milhões, por conta de aplicações financeiras feitas por ele quando ainda era vivo.

No total, a disputa judicial soma quatro testamentos. Mas o número pode aumentar: Sebastião Mendonça, o advogado que representa oito irmãos e um sobrinho do lavrador, entrou na Vara Cível do Fórum de Rio Bonito e solicitou nulidade do último testamento, apresentado por Renata Almeida Senna, filha do milionário.

Entenda

O quarto testamento apresenta Renata como a única herdeira legítima do lavrador, excluindo os outros familiares da herança. Desde 2021, a Justiça já havia garantido para a filha de Renê 50% da herança, cerca de R$ 43 milhões na época.

O repasse da herança para Renata se deu após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou um recurso Adriana Ferreira Almeida Nascimento, viúva de Renê condenada a 20 anos de prisão após ser apontada como mandante de seu assassinato.

A ex-mulher de Renê tentava validar um terceiro testamento, que a concedia metade da fortuna. Para o judiciário, o lavrador foi manipulado por Adriana, que já planejava a sua morte. Com isso, o acórdão reconheceu a validade de um dos testamentos anteriores, que concedia aos irmãos e ao sobrinho o direito à outra metade.

Em 2023, a filha do lavrador protocolou petição na Justiça, alegando que o último documento havia perdido a validade. Renata, então, apresentou cópia de outro testamento, de 2006, que a considera a única herdeira do pai.

Dessa forma, o novo testamento apresentado por Renata revogou o anterior e, com isso, ela recebeu a outra metade da fortuna, que havia sido destinada aos outros parentes de Renê.

Pedido de nulidade

Na petição de anulação protocolada em 4 de junho, que busca reverter a situação, o advogado dos excluídos do novo testamento alega que as testemunhas da assinatura do documento apresentado por Renata tinham interesses relacionados ao caso, o que teria negligenciado formalidades legais.

"O documento está com nulidades. A testemunha que participou do testamento tinha interesse na causa por já prestar assessoria financeira ao Renê e a Renata, que era inventariante do espólio. O código civil fala que tem interesse na causa, quem tem afinidade, ou é amigo, ou inimigo, não pode participar do ato", afirmou o advogado Sebastião Mendonça.

Os quatro testamentos foram feitos pelo próprio lavrador entre 2005 e 2006. Ele morreu em 7 de janeiro de 2007, baleado enquanto voltava de um bar. A justiça considerou Adriana culpada pela morte do marido. Segundo a investigação, ela encomendou a morte de Renê após ele a informar que ela seria excluída do testamento, pois sabia que ela estava o traindo.

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