Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, foi encontrada morta na última semana
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Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, foi encontrada morta na última semana

A investigação sobre o caso de Djidja Cardoso , ex-sinhazinha do boi Garantido que foi encontrada morta em Manaus, descobriu que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, fazia vídeos da família sob efeito de  cetamina.  A substância anestésica e alucinógena é amplamente utilizada no cuidado de animais de grande porte.

Outros registros mostram os filhos de Cleusimar fazendo a aplicação da substância por meio de seringas.

De acordo com a polícia, as gravações foram realizadas na mesma casa onde Djidja foi encontrada morta, na Zona Norte de Manaus.

Veja os vídeos

Em um dos registros, Djidja está em pé, imóvel, na frente de um espelho. A mãe tenta falar com ela, que está de cabeça baixa e paralisada.

Outro registro mostra a ex-sinhazinha deitada na cama com a mãe e o irmão, que está completamente paralisado. Cleusimar também exibe um frasco da substância, e mostra as marcas das seringas no braço dela e no do filho.

Denúncias

Familiares contaram, em depoimento à polícia, que Didja, a mãe e o irmão, Ademar Cardoso, não saíam de casa, onde faziam o uso da droga.

O trio já estava sob investigação da polícia devido ao suposto envolvimento em uma  seita religiosa que forçava o uso da cetamina em rituais, para atingir uma falsa plenitude espiritual.

A defesa da família Cardoso rebate a acusação e diz que os discursos dos clientes sobre a 'evolução espiritual' eram efeitos colaterais da droga.

"Não existia esse negócio de ritual e de que funcionários e amigos eram obrigados ou coagidos a usar a droga. Não existia isso. Eles ofereciam sob efeito de drogas, com aquele argumento, com aquela alegação da transcendência da evolução espiritual", disse.

Ademar, o irmão de Djidja, também  é suspeito de estupro de uma ex-namorada.

Esquema

De acordo com a investigação, a cetamina era adquirida ilegalmente por Verônica Costa, gerente de um salão de beleza de Djidja. Ela tinha apoio de Marlisson Vasconcelos e Claudiele Santos, que também trabalhavam para os Cardoso.

A mãe, o irmão e três funcionários da rede de salões de beleza da família estão presos preventivamente.

Entenda o caso

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, conhecida como Djidja, foi encontrada morta na casa onde morava na Zona Norte de Manaus, na última terça-feira (28), aos 32 anos.

Dois dias depois, a mãe e o irmão da ex-sinhazinha foram presos suspeitos de associação para o tráfico, venda de drogas e estupro. Além da dupla, outros três funcionários da família também foram detidos, sob suspeita de integrarem um grupo religioso que forçava o uso da cetamina em rituais.

Tia de Djidja, Cleomar Cardoso acusou a mãe e os funcionários do salão no qual a influenciadora era dona de negar socorro à vítima e incentivar o suposto vício em drogas.

"A Djidja morreu por omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus. A casa dela na cidade nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles", disse Cleomar em uma publicação no Facebook.

"A mãe dela sempre dizia para nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela", acrescentou.

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