Jovem de 16 anos também frequentou a padaria após matar sua família
Reprodução/CNN
Jovem de 16 anos também frequentou a padaria após matar sua família

O adolescente que matou a família e se entregou à polícia  na semana passada, em São Paulo, se passou pelo pai em uma troca de mensagens com um agente da  Guarda Municipal (GM) de Jundiaí, onde o homem trabalhava desde 2012.

Segundo a GM de Jundiaí, o pai do jovem de 16 anos, Isac Tavares Santos, estava escalado para trabalhar no último sábado (18). Como não compareceu, um colega de Isac enviou uma mensagem pelo WhatsApp perguntando o motivo da ausência. 

A mensagem enviada a um agente de Jundiaí dizia: "Bom dia. Eu estou doente".  Isac, sua esposa e filha foram assassinados pelo jovem na sexta-feira, um dia antes da mensagem.

Veja o print abaixo:

Adolescente se passou pelo pai em conversa no WhatsApp
Reprodução
Adolescente se passou pelo pai em conversa no WhatsApp


Jovem agiu normalmente

Após cometer os crimes na sexta-feira passada, o jovem agiu normalmente nos dias posteriores.  Após matar o pai e a irmã, o adolescente ainda frequentou a academia. No retorno para casa, ele assassinou a mãe dele. 

No sábado, o jovem ainda foi filmado indo à padaria perto de sua casa, comprando uma baguete e efetuando o pagamento em dinheiro , sem apresentar qualquer sinal de raiva ou descontrole. 

Apenas no domingo, quase três dias após os assassinatos, ele se entregou à Polícia Militar. Durante este período, os cadáveres permaneceram na casa da família. Os corpos foram encontrados em estágio avançado de decomposição. Detido, o jovem de 16 anos foi encaminhado a uma Fundação Casa.

Motivação

O adolescente explicou que constantemente enfrentava problemas com seus pais adotivos e que o incidente foi motivado por um desentendimento anterior. Ele detalhou que, na quinta-feira (16), foi insultado pelos pais, que confiscaram seu celular, impossibilitando-o de realizar uma apresentação escolar.

Os pais "o teriam chamado de vagabundo, tiraram seu celular e, não podendo usar o aparelho para fazer uma apresentação da escola, planejou a morte", segundo consta no boletim de ocorrência.

De acordo com o menor, ele tinha conhecimento do esconderijo da arma de fogo de seu pai e realizou testes pouco antes do crime. No dia seguinte, atirou contra seu pai enquanto ele estava na cozinha, de costas. Sua irmã, ao ouvir o disparo, foi até o local e foi baleada no rosto.

Após os crimes, o adolescente foi à academia e, ao retornar, aguardou sua mãe, que foi assassinada ao descobrir os corpos de seu marido e filha. O menor ainda colocou uma faca no corpo de uma das vítimas no dia seguinte.

O caso foi registrado como ato infracional por homicídio, feminicídio, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e vilipêndio de cadáver. 

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