Com a leve redução no nível do rio Guaíba , sujeira, poluição e até animais começaram a aparecer nas ruas de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O estado enfrente um colapso após fortes chuvas desde o dia 29 de abril , com 431 dos 496 municípios afetados pelos alagamentos e enchentes.
No bairro Praia de Belas, foram encontrados peixes vivos nadando livremente. Perto deste local, um jacaré foi avistado na terça-feira (7) , no bairro Menino Deus.
Ainda, no centro histórico de Porto Alegre, na rua Uruguai, cinco peixes foram encontrados mortos boiando perto da calçada.
A inundação na capital gaúcha também afetou o nível do arroio Dilúvio, curso d’água que divide Porto Alegre, vindo do extremo leste e afluindo no Guaíba. A água segue muito alta, mas já é possível ver parte da vegetação ribeira suja pela enchente.
Rio Guaíba
Após atingir 5,33 metros no dia 5 de maio, o nível do Guaíba diminuiu, marcando 4,86 metros às 18h15 de quinta-feira (9). Nesta sexta-feira (10), ele atinge 4,74 m .
A cidade de Porto Alegre foi bastante inundada por conta da cheia do rio Guaíba. Até esta quinta-feira (9), o aeroporto e a rodoviária seguiam sem funcionamento por conta das enchentes. Casas e comércios também seguem alagados.
De acordo com uma projeção do Índice de Pesquisas Hospitalares (IPH), o Guaíba deve levar ao menos 30 dias para ficar abaixo dos 3 metros. Na enchente histórica de 1941, quando o rio atingiu 4,76 m, foram 32 dias para o rio voltar as condições normais.
Rio Grande do Sul
Os temporais que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) causaram 113 mortes , segundo o boletim da Defesa Civil divulgado nesta sexta-feira. O órgão informa ainda que há um óbito em investigação.
O número de feridos é de 756. Já a quantidade de desaparecidos é de 146.
A Defesa Civil do estado contabiliza mais de 337,1 mil pessoas desalojadas, além de cerca de 68,5 mil pessoas em abrigos. Ao todo, 435 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 1.916.070 pessoas.
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