O incêndio que atingiu a pousada Garoa em Porto Alegre na madrugada desta sexta-feira (26) deixou 10 mortos e 11 feridos . Entre as vítimas fatais estava a irmã de Marcelo Wagner Schelech, 56, que se hospedava de forma recorrente no local há cerca de dois meses.
Em entrevista ao portal gaúcho GHZ, Marcelo contou que pagava a mensalidade da pousada como hóspede, mas o local também funcionava via aluguel social. Ele morava no térreo, enquanto a irmã morava no terceiro andar. Ele se preparava para dormir, por volta das 2h da madrugada, quando ouviu gritos.
"Só deu tempo de calçar os chinelos e sair, mas minha irmã, que morava no terceiro andar, acabou morrendo carbonizada", relata. "[Tinha] muita fumaça. Estava em cima e embaixo e do lado. Saí correndo".
À RBS TV, afiliada local da TV Globo, Marcelo disse que tudo ocorreu muito rapidamente. "Gritaram 'fogo!' e o fogo estava dois quartos do lado do meu", conta.
Incêndio em Porto Alegre pode ter sido criminoso, diz Defesa Civil
O coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, o coronel Evaldo de Oliveira Junior, disse que as autoridades que investigam o ocorrido trabalham com a hipótese dele ter sido criminoso
- e não acidental.
"Preliminarmente, se trabalha com [a hipótese de] incêndio criminoso. Estruturas da prefeitura vão entrar em cena com o proprietário para a gente fazer a realocação das pessoas que ficaram desalojadas. Trabalha-se com a possibilidade de incêndio criminoso, um indivíduo pode ter entrado na madrugada", relatou o coordenador em entrevista à Rádio Gaúcha.
As autoridades suspeitam que esse indivíduo tenha ateado fogo no local propositalmente. A Polícia Civil, porém, diz que as investigações, que ainda estão em andamento, não apontam para um crime.
Veja registros do incêndio:
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