Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, na delegacia antes de ser presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver em agência bancária
Reprodução / TV Globo
Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, na delegacia antes de ser presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver em agência bancária


Ana Carla de Souza Corrêa, advogada de Erika de Souza Vieira Nunes, mais conhecida como sobrinha de Paulo Roberto Braga, o Tio Paulo, de 68 anos, relatou que sua cliente foi agredida dentro do Presídio de Benfica.

A agressão teria ocorrido após a fama nacional de Erika por levar o corpo de seu tio falecido para um banco em Bangu na última terça-feira (16).

"Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que assim que chegou a Benfica, jogaram água e comida nela. Pedi o seguro [isolamento], e ela está resguardada, graças a Deus", afirmou a advogada, que esteve presente no velório e enterro de Tio Paulo, no Cemitério de Campo Grande, no Rio de Janeiro.

A advogada explicou que sua cliente teve um "surto de um efeito colateral" e só percebeu a morte do tio quando o Samu foi chamado e constatou o óbito.

"Ela tem depressão, e acreditamos que isso aconteceu. Ela é sobrinha do Paulo, sempre conviveu com ele. Ela cuidava e ajudava no auxílio. Infelizmente, ele ficou debilitado com a última internação. Ela é cabeleireira e vivia dessa renda. Batemos na tecla de que ela precisa ser solta para cuidar da filha especial", detalhou a advogada.

A Prefeitura do Rio assumiu os custos do sepultamento devido à alegada falta de recursos da família para arcar com as despesas.

O caso

A notoriedade de tio Paulo ganhou as redes sociais na última terça (17), quando um vídeo viralizou mostrando Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, levando o homem em uma cadeira de rodas até um banco em Bangu (RJ). Ela tentava fazer com que ele assinasse um documento para sacar R$ 17 mil de um empréstimo.

O momento capturado na filmagem revela a preocupação dos funcionários da agência com a situação. Érika tenta convencer o tio a assinar, mas sem sucesso. Ela coloca a caneta na mão do idoso e diz: “Se o senhor não assinar, não tem como, eu não posso assinar pelo senhor”.

As investigações confirmaram que o idoso já estava morto quando chegou à agência bancária para realizar o empréstimo. Érika foi presa em flagrante, mas a juíza Rachel Assad da Cunha converteu a prisão para preventiva, descrevendo o episódio como “repugnante e macabro”.

A advogada que representa Érika está buscando um habeas corpus para que sua cliente possa responder às investigações em liberdade.

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!