Entre os bens apreendidos durante a captura de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) desde 14 de fevereiro, estavam dinheiro, celulares e um fuzil. A dupla estava com mais quatro homens e eles estavam divididos entre os carros dos modelos Jeep, um Corsa Classic. As informações são da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal.
A prisão aconteceu na tarde desta quinta-feira (4) , depois de 50 dias, em uma ponte, na BR-222, que cruza o rio Tocantins — e foi feita neste local para evitar que eles fugissem pelo rio. Segundo a PRF, foram entre dinheiro em espécie, cartões de crédito, fuzil e munições, estavam oito celulares — três deles estavam sendo monitorados pela inteligência da PF do Rio Grande do Norte.
"Estavam em um verdadeiro comboio do crime. Foram apreendidos 3 carros e diversas armas. Obviamente, foram ajudados por criminosos externos e tiveram auxílio de seus comparsas e organizações criminosas", disse o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre a prisão durante entrevista coletiva a jornalistas.
Detalhes da operação
De acordo com Lewandowski, as investigações apontam que Rogério e Deibson iriam fugir para fora do Brasil. Agora, eles serão levados de volta para o presídio de Mossoró, que teve a segurança reforçada e a direção trocada.
Ao longo dos 50 dias de fuga, eles percorreram 1.600 km entre Mossoró e Marabá . Um trajeto em "linha reta" entre as duas cidades passa por pelo menos cinco estados: Pará, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
O ministro da Justiça ainda detalhou que, durante a operação, a ponte ficou fechada de ambos os lados e a captura de todos os envolvidos aconteceu sem haver a necessidade de ser feito qualquer disparo.
Relembre a fuga
Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró dia 14 de fevereiro. Ambos são naturais do Acre, estavam presos no Rio Grande do Norte desde setembro de 2023 e fazem parte do Comando Vermelho.
Um dos pontos que chamou atenção nacionalmente para o caso é que esta foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal. No total, há cinco penitenciárias de nível máximo no Brasil. Elas estão localizadas em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
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