Renato Cariani é investigado pela Polícia Federal por tráfico de drogas
Reprodução: Youtube - 12.12.2023
Renato Cariani é investigado pela Polícia Federal por tráfico de drogas


O inquérito da Polícia Federal (PF) , que fundamentou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o  influenciador fitness Renato Cariani por tráfico de drogas, sugere a possibilidade de o esquema ter se utilizado de informações do atual prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), para simular depósitos do laboratório AstraZeneca destinados à Anidrol, empresa pertencente ao influencer.



De acordo com a PF, as falsas transferências foram a origem do desvio de substâncias usadas para que cocaína e crack fossem produzidas. Cariani e outros quatro sócios se tornaram réus na Justiça de São Paulo por associação ao tráfico , lavagem de dinheiro e tráfico de drogas na última semana. O MPSP diz que foram feitas 60 transações dissimuladas de produtos químicos para a produção de cerca de 15 toneladas de drogas para consumo.

Os documentos revelam que foram feitos dois depósitos em nome de Felipe Augusto, atual prefeito de São Sebastião, nos anos de 2015 e 2016. À época, ele tinha o cargo de secretário do Planejamento em Caraguatatuba. O primeiro depósito foi no valor de R$ 103.500 e o segundo, no de R$ 108.500, pelos carregamentos de 450kg de lidocaína.

A AstraZeneca diz que o atual prefeito de São Sebastião nunca foi representante da empresa. Segundo a PF, a suspeita é a de que os criminosos tenham utilizado o CPF de Augusto por se tratar de uma pessoa pública e de fácil acesso aos dados.

Além do influencer fitness, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira também se tornaram réus.

“Uma pessoa ou um grupo de pessoas instituiu domínio na internet astrazenecadobrasil.com.br bem como contas de e-mail associadas a esse domínio e, se fazendo passar por funcionários da empresa AstraZeneca do Brasil LTDA, adquiriram, junto a empresa Anidrol, grande quantidade de produtos químicos”, relata a Polícia Federal.

Uso de nomes de crianças

Mensagens de WhatsApp incluídas no inquérito que embasou a denúncia do MPSP apontam que Cariani empregou "nomes de crianças" para adquirir de maneira fraudulenta hormônios de crescimento.  As mensagens também dão a entender que ele contava com o suporte de "amigos policiais" que poderiam resguardá-lo de investigações.

A Polícia Federal suspeita que as receitas enviadas por Cariani possam ter uma finalidade distinta da de tratamento hormonal infantil, apresentando indícios de falsificação desses documentos.

Logo após ser indiciado pela PF, em dezembro, Renato Cariani divulgou vídeos em suas redes sociais nos quais negou qualquer envolvimento nos crimes, atribuindo as acusações a terceiros. 

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