Até essa terça-feira (20), 113 deputados haviam assinado o pedido de abertura de um processo de impeachment para remover o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do cargo. A proposta foi apresentada por Carla Zambelli (PL-SP) na noite do último domingo (18). A movimentação ocorre após falas recentes do mandatário comparando as ações de Israel contra palestinos às dos nazistas contra judeus.
A maioria dos parlamentares que assinaram são do PL , principal partido de oposição e detentor da maior bancada individual da Câmara, com 96 deputados. Além disso, há deputados de partidos mais ao centro, que o presidente Lula busca atrair para uma base aliada mais consolidada, como PP, União Brasil e Republicanos.
Confira a lista dos deputados que já assinaram o pedido:
- Abilio Brunini (PL-MT)
- Adriana Ventura (Novo-SP)
- Afonso Hamm (PP-RS)
- Alberto Fraga (PL-DF)
- Alfredo Gaspar (União-AL)
- Ana Paula Leão (PP-MG)
- André Ferreira (PL-PE)
- André Fernandes (PL-CE)
- Any Ortiz (Cidadania-RS)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Bibo Nunes (PL-RS)
- Capitão Alberto Neto (PL-AM)
- Capitão Alden (PL-BA)
- Capitão Augusto (PL-SP)
- Carol de Toni (PL-SC)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Chris Tonietto (PL-RJ)
- Clarissa Tercio (PP-PE)
- Coronel Assis (União-MT)
- Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
- Coronel Fernanda (PL-MT)
- Coronel Meira (PL-PE)
- Coronel Telhada (PP-SP)
- Coronel Ulysses (União-AC)
- Cristiane Lopes (União-RO)
- Daniela Reinehr (PL-SC)
- Daniel Freitas (PL-SC)
- Dayany Bittencourt (União-CE)
- Delegado Caveira (PL-PA)
- Delegado Éder Mauro (PL-PA)
- Delegado Fabio Costa (PP-AL)
- Delegado Palumbo (MDB-SP)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Dr. Fernando Maximo (União-RO)
- Dr. Frederico (PRD-MG)
- Dr. Jaziel (PL-CE)
- Dr Luiz Ovando (PP-MS)
- Dr. Zacharias Calil (União-GO)
- Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
- Eli Borges (PL-TO)
- Eros Biondini (PL-MG)
- Evair Vieira de Melo (PP-ES)
- Fernando Rodolfo (PL-PE)
- Filipe Barros (PL-PR)
- Filipe Martins (PL-TO)
- Franciane Bayer (Republicanos-RS)
- General Girão (PL-RN)
- General Pazuello (PL-RJ)
- Geovania de Sá (PSDB-SC)
- Gerlen Diniz (PP-AC)
- Giovani Cherini (PL-RS)
- Gilberto Silva (PL-PB)
- Gilson Marques (Novo-SC)
- Gilvan da Federal (PL-ES)
- Gustavo Gayer (PL-GO)
- Hélio Lopes (PL-RJ)
- Jefferson Campos (PL-SP)
- José Medeiros (PL-MT)
- Julia Zanatta (PL-SC)
- Junio Amaral (PL-MG)
- Kim Kataguiri (União-SP)
- Lincoln Portela (PL-MG)
- Luciano Galego (PL-MA)
- Luiz Lima (PL-RJ)
- Luiz Philippe (PL-SP)
- Magda Mofatto (PRD-GO)
- Marcio Alvino (PL-SP)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG)
- Marcelo Moraes (PL-RS)
- Marcel Van Hattem (Novo-RS)
- Mariana Carvalho (Republicanos-MA)
- Mario Frias (PL-SP)
- Maurício Marcon (Pode-RS)
- Maurício Souza (PL-MG)
- Messias Donato (Republicanos-ES)
- Miguel Lombardi (PL-SP)
- Nelsinho Padovani (União-PR)
- Nicoletti (União-RR)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Osmar Terra (MDB-RS)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Pastor Eurico (PL-PE)
- Pedro Lupion (PP-PR)
- Pedro Westphalen (PP-RS)
- Reinhold Stephanes Jr (PSD-PR)
- Ricardo Salles (PL-SP)
- Roberta Roma (PL-BA)
- Roberto Duarte (Republicanos-AC)
- Roberto Monteiro (PL-RJ)
- Rodrigo Valadares (União-SE)
- Rosana Valle (PL-SP)
- Rosangela Moro (União-SP)
- Rodolfo Nogueira (PL-MS)
- Sanderson (PL-RS)
- Sargento Fahur (PSD-PR)
- Sargento Gonçalves (PL-RN)
- Silvia Waiãpi (PL-AP)
- Silvio Antonio (PL-MA)
- Thiago Flores (MDB-RO)
- Vermelho Maria (PL-PR)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Zé Vitor (PL-MG)
- Zucco (PL-RS)
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) , descartou qualquer possibilidade de pedido de desculpas por parte do presidente ao governo de Israel, em meio à crise diplomática entre os dois países.
"Se tem uma coisa que o presidente Lula precisa pedir para o Netanyahu é o cessar-fogo, pela paz, para interromper o massacre. Outras lideranças internacionais, outros países e vários organismos do sistema ONU estão reforçando esse mesmo pedido do presidente Lula", afirmou Padilha no programa Roda Viva, da TV Cultura.
O governo do premiê Benjamin Netanyahu exigiu retratação de Lula por ter comparado os ataques na Faixa de Gaza com o Holocausto nazista, além de ter declarado o presidente como "persona non grata".
"O presidente, na própria fala dele, deixa claro o posicionamento em relação a Netanyahu e à sua postura histórica, enquanto presidente da República, de defesa de Israel, da existência do Estado de Israel, e da relação que ele sempre teve com a comunidade judaica aqui no Brasil", acrescentou o ministro.