As declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que comparam o conflito em Gaza com o Holocausto repercutiram de maneira positiva no partido, cujos líderes apoiaram e saíram em defesa do mandatário — que se tornou alvo de um pedido de impeachment por adversários.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus", declarou Lula. O presidente também afirmou que a ofensiva israelense promove um genocídio contra a população do enclave.
A deputada federal pelo Paraná e presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, publicou no X (antigo Twitter) que o pedido de impeachment só poderia ser 'uma piada'.
Os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) também fizeram publicações em apoio ao presidente Lula
após as falas polêmicas.
"Todo meu apoio às preocupações do presidente Lula em relação ao conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza", publicou Teixeira no X.
Já a ministra dos Povos Indígenas, classificou a fala do mandatário como "corajosa e necessária".
Paulo Pimenta, ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), disse que "o ministro de Israel divulga uma fake news" ao afirmar que o Brasil concorda com os ataques do Hamas a Israel.
Lula não vai pedir desculpas por criticar genocídio em Gaza
O assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, afirmou nesta segunda (19), à CNN, que Lula não vai se retratar por criticar os ataques de Israel na Faixa de Gaza.
Ainda na manhã desta segunda, o chanceler de Israel informou ao embaixador brasileiro que o presidente seria considerado 'pessoa non grata' no país até pedir desculpas.
“Sempre tratamos de maneira muito respeitosa e defendemos a solução de dois Estados, mas não tem nada do que se desculpar. Israel é que se coloca numa condição de crescente isolamento”, afirmou Amorim.