Lagoa avança em afundamento causado pela Braskem em Maceió
Reprodução/Defesa Civil de Alagoas
Lagoa avança em afundamento causado pela Braskem em Maceió

As coordenações de Defesa Civil de Maceió, do Alagoas e a Nacional emitiram uma nota conjunta nesta quinta-feira (7) em que afirmam que a área em risco de colapso iminente por conta do  afundamento da mina 18 da Braskem atinge, restritamente, uma área com diâmetro aproximado de 78 metros, correspondente a três vezes o raio da mina.

"Fazendo um comparativo, o trecho em que o colapso é iminente equivaleria ao tamanho de uma piscina olímpica e meia, compreendendo o local onde funcionava o antigo campo de treinamento do CSA, e parte da Lagoa Mundaú, beirando a Avenida Major Cícero de Góes Monteiro", diz trecho da nota.

Segundo os técnicos dos três órgãos, o evento geológico não afeta outras áreas do município além da delineada. A Defesa Civil denominou o trecho de “Área de Colapso da Mina 18”.

No entanto, no entorno desta zona puderam ser vistos, por meio de imagens de drone, fissuras com padrão circular. Ao redor do ponto mais crítico, os técnicos estabeleceram uma área de segurança, que foi completamente evacuada, apesar de não se ter observado indício de trincas, fissuras ou rachaduras.

Até agora, 60 mil pessoas foram deslocadas de cinco bairros próximos à mina.

Os técnicos trabalham com dois cenários para o futuro da mina:

  • Dolinamento (depressão circular) da mina 18, ou seja, abertura de uma cratera no lugar da mina.
  • A segunda possibilidade seria de a mina se autopreencher ou estabilizar em uma camada mais rasa.

"A conclusão é de que estas hipóteses são compatíveis com a deformação e danos até agora registrados no entorno do afundamento da região. A área de segurança e as demais que são margeadas a esta continuam sendo monitoradas diuturnamente pelas equipes de Defesa Civil. Quaisquer eventos anormais, se ocorridos além da área com provável colapso, serão detectados de forma imediata para que sejam colocadas em prática ações adicionais de contingência", diz o documento. 

A tecnologia usada no local constatou diminuição na velocidade de afundamento do solo na noite de ontem. No entanto, voltou a acelerar nesta sexta. Apenas nas últimas 24 horas o terreno afundou mais 5,7cm e a cidade permanece em alerta enquanto o chão cede a uma velocidade de aproximadamente 0,23 cm por hora (0,02 a mais que na última medição).

O afundamento do solo chegou a 2,06m de profundidade, segundo a atualização da manhã desta sexta-feira (8), divulgada pela Defesa Civil de Alagoas. 



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