Mina que pode colapsar a qualquer momento em Maceió
Reprodução: Redes Sociais
Mina que pode colapsar a qualquer momento em Maceió


Maceió vive um drama por conta do risco iminente de colapso da Mina 18 da cidade, administrada pela Braskem. Mais de 55 mil pessoas tiveram que sair das suas casas e os bairros Bebedouro, Bom Parto, Farol, Mutange e Pinheiro foram “desativados” porque correm o risco de afundar.

Mas não são apenas os moradores desses bairros que podem sofrer com a tragédia. Se a mina colapsar, grande parte do município irá passar por problemas graves ao longo dos próximos dias ou até mesmo semanas.

O coronel Moisés Melo, coordenador-geral da Defesa Civil do Estado, afirmou que à CNN Brasil que, caso ocorra uma ruptura na região, vários serviços serão afetados. Boa parte da cidade poderá sofrer com a falta de abastecimento de água e problemas na entrega de energia elétrica e de gás.

As causas do afundamento do solo remontam à atividade de mineração da Braskem, que, durante décadas, extraiu sal-gema de maneira inadequada em 35 minas na região. Antes de 2019, a empresa conduzia a extração do sal-gema, um componente vital para a indústria química na produção de soda cáustica e PVC, de forma que contribuiu significativamente para a instabilidade do solo.

O governo de Alagoas registrou cinco abalos sísmicos na região somente em novembro, aumentando os riscos associados ao desabamento da mina.

O colapso iminente pode não apenas resultar na formação de grandes crateras, mas também desencadear um efeito cascata em outras minas na área.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, acusou a Braskem de ser a responsável pelo problema. Ele acusou a empresa de fazer exploração predatória desde a década de 1970, quando o Brasil ainda vivia na ditadura militar.

O governante também apontou falta de fiscalização adequada por parte dos órgãos competentes como um fator contribuinte para a situação calamitosa.


O prefeito, que recebeu críticas da população, destacou as limitações da municipalidade, ressaltando que a cidade não possui competência direta sobre autorizações e fiscalizações relacionadas à atividade da Braskem.

O governador Paulo Dantas também expressou críticas contundentes à conduta da Braskem em entrevista à CNN, alinhando-se às crescentes preocupações sobre a gestão inadequada da mineração na região.

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