Além das altas temperaturas, é previsto um aumento nas chuvas tropicais pelo país
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Além das altas temperaturas, é previsto um aumento nas chuvas tropicais pelo país

Casas cobertas de neve. Casacos de lã com renas feitas de tricô. Chocolate quente com marshmallow. Essa é a imagem de um Natal perfeito vendido pelos filmes norte-americanos, mas que sabemos que não é a realidade do feriado comemorado no Brasil.

Casando com o início do verão, o Natal brasileiro naturalmente já é muito quente. Em 2023, a situação não será diferente. Segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de dezembro deverá manter as altas temperaturas que vem sofrendo nos últimos meses , além da presença de tempestades tropicais. A situação deverá se intensificar principalmente a partir do solstício de verão, que acontece no dia 22 de dezembro.

Região Sul

Na região Sul, são esperadas chuvas acima da média, principalmente em Santa Catarina e no Paraná. Nesses dois estados, é possível ver volumes acima de 180 mm. O Rio Grande do Sul deve ter chuvas, mas em graus menores, estando abaixo da média.

Sobre como o clima poderá afetar a região, o relatório explica: "os níveis de água no solo podem continuar elevados e beneficiar as fases iniciais dos cultivos de primeira safra. Contudo, em algumas áreas o excesso de chuvas poderá resultar em excedente hídrico e encharcamento do solo, impactando a colheita dos cultivos de inverno e impedir o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra."

Em relação às temperaturas, a região segue sendo a mais amena no país, com uma média de 24ºC para baixo. Entretanto, quanto mais próxima ao Sudeste, mais quente deve ficar.

Regiões Sudeste e Centro-Oeste

Nas duas regiões, um cenário parecido é previsto. Em ambas, é esperado que haja chuvas acima da média e de maneira regular. No Mato Grosso, Goiás, centro-sul de Minas Gerais, nordeste de São Paulo e sul do Rio de Janeiro, o volume poderá superar os 300 mm. 

Já no norte dos estados de Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, o volume de chuvas deverá ser menor, com números inferiores a 200 mm. 

As chuvas na região são vistas como benéficas por se tratar de um reabastecimento dos reservatórios de água no solo, principalmente Mato Grosso e sul de Goiás. Além disso, deverá aumentar a umidade no solo, sendo favoráveis para os cultivos de primeira safra.

O relatório do Inmet mostra que há uma grande probabilidade de ocorrência de danos e acidentes envolvendo o calor nas regiões,  além de risco para a integridade física e à vida humana. Portal iG já discutiu os problemas que podem surgir com o calor extremo.

Norte e Nordeste

As regiões apresentam um baixo volume de chuvas. Segundo o relatório, o oeste do Amazonas, leste do Pará e Tocantins e grande parte da Região Nordeste deverá apresentar um volume inferior a 200 mm. 

No leste da Região Nordeste, a situação se agrava, com um período mais seco do que o normal. Com isso, os acumulados de chuva não deverão passar dos 100 mm.

O relatório informa que as altas temperaturas e o baixo volume de chuvas porão afetar a safra de 2023/2021. As únicas áreas que conseguirão ter uma ligeira recuperação da umidade do solo são o sul de Tocantins e o extremo sudoeste da Bahia. 

Em relação à temperatura, os 16 estados deverão sofrer com um período forte de calor. Segundo o relatório, no leste da Região Norte e grande parte da Região Nordeste, a temperatura média pode superar os 28ºC.

El Niño

A situação das temperaturas deve intensificar ainda mais devido ao El Niño . O fenômeno natural poderá atingir o país ainda este ano com novos extremos climáticos, o que acarretaria em uma elevação das temperaturas e uma maior ocorrência de tempestades tropicais. Além disso, poderá ocorrer seca da Amazônia e do Nordeste e as enchentes do Sul devido ao fenômeno.

O El Niño está previsto para continuar ativo até junho de 2024. Entretanto, em dezembro deste ano, as temperaturas deverão ficar 2,5ºC mais quentes do que o esperado, o que acarretaria nos problemas citados.

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