Cariocas se refrescam na praia do Leme em meio a forte onda de calor
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 24.08.2023
Cariocas se refrescam na praia do Leme em meio a forte onda de calor

Nas próximas décadas, as mortes relacionadas ao impacto das altas temperaturas podem quase que quintuplicar, de acordo com relatório publicado na revista The Lancet nesta quarta-feira (15).

O estudo foi elaborado por mais de 100 especialistas de 52 instituições de pesquisas e agências da ONU de todo o mundo, que monitora os impactos das mudanças climáticas na saúde.

De acordo com os especialistas,  "a saúde da humanidade está em grave perigo".

O estudo indica que, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC em comparação com o período pré-industrial até o fim do século, os óbitos relacionados ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050.

Os dados ainda apontam que, com cerca de 1,1ºC de aquecimento, as pessoas já experimentaram, em média, cerca de 86 dias de altas temperaturas que  ameaçam a saúde entre 2018 e 2022.

As pessoas mais velhas, acima de 65 anos, têm sido mais vulneráveis ao calor e a esse aumento de temperatura. As mortes nessa faixa etária cresceram 85% na última década (2013 a 2022) vinculadas ao aumento dos termômetros, em relação à taxa registrada de 1991 a 2000.

Cientistas afirmam, segundo estimativas, que  2023 será o ano mais quente da história.

Conforme os pesquisadores que participaram do estudo publicado nesta quarta, o calor é somente um dos fatores climáticos que podem contribuir com o aumento da mortalidade populacional.

De acordo com os dados, as ondas de calor mais frequentes poderão fazer com que cerca de 525 milhões de pessoas sofram com insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século. Isso pode fazer com cresça o risco global de desnutrição.

Além disso, a  propagação de doenças infecciosas transmitidas por mosquitos deve continuar. A dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%.

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