A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta quarta-feira (8), a convocação de Max Xavier Lins e Nicola Cotugno, diretor da empresa em São Paulo e diretor executivo da Enel no Brasil, respectivamente.
Lins já havia sido convidado antes a comparecer à CPI, que teve inicio em maio deste ano. Mas com a recente dificuldade da Enel em restabelecer a energia a todos os cidadãos afetados desde sexta-feira (3), ele agora tem que comparecer.
"O convite é facultativo, ele pode ir ou não. Em virtude do episódio na sexta, resolvemos fazer a convocação, onde ele deve comparecer", disse o deputado estadual Thiago Auricchio (PL), presidente da CPI.
"Preocupa a redução do quadro de funcionários. Nessa hora [temporal de sexta] vemos que o quadro de funcionários não foi ideal, não é suficiente", afirmou Auricchio. "E precisamos saber sobre o parque elétrico, que está sucateado e com peças desde a década de 1960", complementou.
A Enel assumiu a concessão da distribuição de eletricidade na região metropolitana de São Paulo em 2018, no lugar da antiga estatal Eletropaulo. Desde então, o quadro pessoal sofreu um enxugamento, e entre 2019 e 2022 houve uma queda de 23,8 mil colaboradores para 15,3 mil, contando os terceirizados. A empresa afirma que os cortes focaram em áreas administrativas, sem ter impacto no efetivo operacional.
A CPI da Alesp também aprovou a proposta do deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT) de uma garantia de indenização da Enel aos afetados com a falta de energia elétrica dentro de 60 dias. Os depoimentos dos executivos da Enel estão previstos para a próxima semana, do dia 13. A CPI tem previsão de entregar o relatório final em dezembro.