Presidente da Enel São Paulo deu detalhes sobre a taxa
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Presidente da Enel São Paulo deu detalhes sobre a taxa


O presidente da Enel SP, Max Xavier Lins, afirmou nesta terça-feira (7) que há realmente uma conversa entre a empresa e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), para que seja criada uma nova taxa para os paulistanos. O dinheiro recolhido pela prefeitura, caso o projeto seja levado adiante, será usado para enterrar fios de eletricidade.

Max relatou que o assunto é pauta há um ano. “Nós sentamos em outubro do ano passado com o prefeito Ricardo Nunes para discutir algumas alternativas. Em alguns casos a solução do enterramento pode e deve ser analisada. A pergunta é: como financiar isso? Haja vista que o enterramento de 1 km de rede elétrica custa de 8 a 10 vezes mais do que uma rede aérea”, explicou.

Na última sexta (3), uma tempestade atingiu a Grande São Paulo, afetando em maior escala a capital paulista. Mais de 400 mil domicílios ficaram sem luz durante quatro dias, causando transtornos e irritação para milhares de paulistanos.

Na última segunda (6), Max se encontrou com Nunes e também com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Na discussão, levantou-se novamente a ideia de cobrar a taxa.

"Começamos a discutir isso com toda a equipe dele. Inclusive, íamos, ontem, ter mais uma reunião com a presença dele. Para isso, tivemos que cancelar por conta da reunião de ontem no Palácio dos Bandeirantes. Mas a ideia qual é? Analisar alternativas de se financiar isto”, relatou.

O presidente da Enel explicou que não dá pra cobrar “indistintamente” o enterramento da rede elétrica de paulistanos, porque muitas famílias não conseguirão pagar.

Atualmente, a cidade de São Paulo tem 20 mil km de fios aéreos e apenas 0,3% da rede totalmente subterrânea, de acordo com dados da Telcom.

Em 2017, o ex-prefeito João Doria (PSDB-SP) afirmou que iria enterrar 52 km de fios no Centro de São Paulo até julho de 2018. Porém, não cumpriu a promessa.


Taxa

Na noite de ontem, Nunes conversou com jornalistas e afirmou que poderia cobrar uma taxa dos moradores para poder enterrar os fios.

"A taxa, pela regulação, uma possibilidade de fazer a cobrança de um a taxa de serviço, taxa de melhoria, contribuição de melhoria, a gente tem conversado com a Enel, desde o ano passado estamos tratando disso", disse o prefeito. Ele pontuou que o pagamento não seria obrigatório, mas sim uma doação.

Na manhã de hoje, a Enel relatou que 200 mil casas ainda estão sem energia elétrica na Grande São Paulo. A promessa era que o serviço estaria funcionando 100% ainda na noite desta terça.

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