O número de cidades em situação de emergência devido à seca no Amazonas saltou de 24 para 40 no intervalo de apenas um dia. O número foi divulgado pela Defesa Civil amazonense nessa quarta-feira (4).
Segundo o último boletim divulgado, o estado também está com 19 cidades em alerta, um em atenção e dois em normalidade.
Na última sexta-feira (29), o governador do Amazonas, Wilson Lima (União), já havia decretado situação de emergência em 55 municípios do estado afetados pela seca severa que atinge a região.
Na ocasião, também anunciou medidas para reforçar as ações do governo amazonense, que estão em andamento por meio da Operação Estiagem 2023, com o intuito de antecipar o reconhecimento da situação de emergência para agilizar o envio de ajuda.
Ontem, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB-SP), fez uma visita às áreas afetadas pela seca no Amazonas. Na ocasião, ele também anunciou uma série de medidas de ajuda e destacou a importância de uma ação rápida para ajudar a população local.
"Na questão de ajuda humanitária, pedimos para as prefeituras dos municípios encaminhem os planos de trabalho para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, para que a gente possa liberar o recurso mais rápido possível", disse o vice-presidente.
"O objetivo da vinda deles aqui é exatamente para tratar sobre a questão da estiagem. A gente vai fazer um sobrevoo na Região Metropolitana, vai em uma comunidade que está sendo afetada pela seca, onde moradores estão tendo dificuldades de transporte, dificuldade para acessar alimentos e também dificuldade para ter acesso à água", afirmou Wilson Lima.
A seca que o Amazonas enfrenta, considerada uma das mais severas das últimas décadas, tem causado uma série de consequências, como deslizamentos de terra, morte de animais, redução drástica dos níveis dos rios e afetando milhares de pessoas na região.
Entre as medidas anunciadas por Alckmin nessa quarta estão a antecipação de benefícios sociais, o apoio a agricultores, extrativistas e pescadores, o auxílio a moradores desabrigados e investimentos em drenagem fluvial.