Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 24/07/2023
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino


O ministro Flávio Dino (Justiça), cotado como o mais provável escolhido do presidente Lula para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa do chefe do Executivo ao dizer, nesta quarta-feira (27), que existem muitos critérios além de raça e gênero para indicar alguém ao Supremo. 

"Toda reivindicação dos movimentos sociais é legítima, sempre. Agora lembremos que é um sistema. Temos instituições de Justiça com várias instâncias, com vários tribunais, e o presidente tem observado isso, sou testemunha. Ele tem nomeado muitas mulheres, negras", disse Dino aos jornalistas que cobriam o lançamento das seleções do Novo PAC no Palácio do Planalto. 

O ministro disse ainda que Lula "Leva em conta isso [diversidade] como critério, e de fato é algo que nosso governo preza muito. Em relação ao Supremo, é claro, existem vários critérios. E aí é um arbitramento que cabe a ele", disse Flávio Dino, que se declarou pardo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas últimas eleições.



Lula se elegeu com um discurso sobre diversidade e subiu a rampa do Palácio do Planalto, no dia de sua posse, ao lado de pessoas que representavam as diversas realidades do povo brasileiro, em especial os mais pobres. 

Por essa razão - e pela  escolha de Cristiano Zanin ter irritado seus apoiadores - o presidente está sendo a indicar uma mulher negra, visto que atualmente toda a corte é composta por pessoas brancas. 

Apesar de toda a pressão, o presidente recentemente disse que gênero e raça não serão os critérios utilizados para a sua escolha , irritando fortemente parte de sua base eleitoral. Até então, o segundo nome forte na “bolsa de apostas” da indicação ao STF é o do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.

Dino também adiantou que o anúncio do nome escolhido por Lula ainda deve demorar algum tempo, em razão da cirurgia no fêmur à qual será submetido na sexta-feira (27). O mesmo vale para a Procuradoria-Geral da República, que não é mais comandada por Augusto Aras desde terça-feira (26).

"Ele [Lula] tem uma questão de saúde a resolver. Quando ele se recuperar na próxima semana, certamente ele vai caminhar pra uma decisão. Como esse assunto [indicação ao STF] é em outubro e estamos em setembro, esse assunto não existe", disse o ministro.

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