Após a passagem de um ciclone que provocou chuvas extremas e matou 31 pessoas no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (6) o governo cancelou as celebrações pelo dia 7 de setembro em todo o estado, em decorrência do que já se tornou a pior catástrofe ambiental da região nos últimos 40 anos. Em caso de emergência, ligue imediatamente para os telefones 190, da Polícia Militar, ou 193, do Corpo de Bombeiros .
O governador Eduardo Leite (PSDB) conversou com o comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, que foi compreensivo e atendeu ao pedido de suspensão dos desfiles para concentrar todos os esforços no socorro às vítimas.
Leite destacou a designação de 180 militares do Exército para atender à população e disponibilizar maquinário para a organização e reconstrução nas 12 cidades mais afetadas. “A melhor forma de homenagear a nossa pátria, agora, é trabalhar por quem está precisando de ajuda”, disse o mandatário.
O governador também anunciou que o estado entrará em estado de calamidade pública. De acordo com o governador, o decreto está em elaboração e será publicado até o final desta tarde.
“Agora é o momento de arregaçar as mangas e dar tudo que a gente pode, fazer todo o esforço necessário para atender às pessoas, dar conforto e assistência às famílias, desde saúde até alimentação e vestuário. Precisamos restabelecer as condições mínimas de sobrevivência e tudo o que for necessário para que essas pessoas possam se reerguer”, afirmou o chefe do Executivo estadual do Rio Grande do Sul.
Agora, é esperado que o governador também cancele uma viagem à Europa para prestar apoio às vítimas e coordenar a reconstrução do que foi destruído pelo temporal.
Mais chuva
As autoridades locais afirmam que o número de mortos ainda pode se elevar nas próximas horas, e alertam que a análise meteorológica prevê ainda mais chuva.
De acordo com o último alerta emitido pela Defesa Civil, há risco de inundação no rio dos Sinos, em elevação a partir de Taquara. O comunicado é válido até às 14h do dia 7 de setembro.