Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes
Valter Campanato/Agência Brasil - 01/08/2023
Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes

A equipe de defesa do 2º hacker da Vaza Jato, Thiago Eliezer, apresentou um pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para que as buscas e apreensões realizadas em 2 agosto contra o cliente sejam anuladas, além do fim da quebra de sigilo bancário.

Eliezer está sendo investigado no inquérito sobre as invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, e foi alvo da operação 3FA, que foi responsável pela prisão de Walter Delgatti e pelo cumprimento de mandados contra a deputada Carla Zambelli.

Segundo os advogados de Eliezer, até o momento não há provas que justifiquem as medidas, e que "a única saída adequada para a coleta de indícios da prática do crime objeto de apuração”.

À Polícia Federal, um dos investigados, Walter Delgatti, disse em depoimento que Eliezer teria as senhas dos sistemas que haviam sido invadidos. Segundo Delgatti, os 10 alvarás de soltura que foram inclusos na plataforma do CNH teriam sido feitas pelo hacker.

Eliezer foi preso em julho de 2019, sendo um dos alvos da operação Spoofing, mas deixou a prisão em setembro de 2020 mediante o uso de tornozeleira eletrônica.

Os advogados do hacker dizem que as buscas foram motivas apenas pelo depoimento de Delgatti. A PF tem mantido as buscas desde o início deste mês (agosto).

Na petição enviado pelos advogados, eles salientam: "A Polícia Federal não poderia ter representado pela busca e apreensão em face de terceiros, fundamentada exclusivamente no relato de Walter, pois, como visto, sequer foram realizadas diligências complementares para atestar a veracidade das informações apresentadas por Delgatti”.

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