Detentos do presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, capital do Acre, fazem uma rebelião desde a manhã desta quarta-feira (26).
Em nota oficial, Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) informou que o motim teve início no pavilhão de isolamento da penitenciária, e que 20 policiais estavm no local no início da rebelião. Dois agentes foram feitos reféns.
Um deles, do Grupo Tático Operacional (Gepoi) J. S. F, foi ferido de raspão no rosto após o disparo de uma arma de fogo e foi encaminhado para um hospital da região por uma ambulância do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ele passou por uma avaliação médica e não apresenta risco de morte.
O outro agente segue como refém dos presos. Não há informação de presidiários feridos e a Sejusp ressalta que servidores que estavam de folga estão trabalhando na Unidade Básica de Saúde do Antônio Amaro para "quaisquer eventualidades".
"O governo do Estado do Acre, por meio da Sejusp, instalou um Gabinete Institucional de Crise para apresentar medidas e respostas rápidas. Como providências, homens das polícias Militar, Penal, Gefron e Bope já atuam na área", destacou o comunicado assinado por Evandro Bezerra, secretário adjunto da Sejusp.
"O governo do Estado do Acre assegura que todos os procedimentos adotados respeitam e garantem o direito à saúde para todos os privados de liberdade", complementa.
O governador do Acre, Gladson Cameli, usou as suas redes sociais para informar que conversou com o ministro da Justiça Flávio Dino, que o garantiu o apoio das Forças Armadas para conter o distúrbio no presídio da capital do estado.
"Acabei de conversar com o ministro da Justiça Flávio Dino sobre o problema que tivemos no Presídio na manhã desta quarta-feira, 26, e recebi dele a garantia de total apoio das forças de segurança do governo federal neste momento de crise. O Governo do Acre está atento e agiu para garantir uma rápida solução", escreveu.
O Ministério Público do Acre pontuou, em comunicado, que está acompanhando "com atenção" os acontecimentos relacionados ao motim na prisão de segurança máxima.
"Diante da gravidade da situação, o MPAC irá instaurar procedimento para apurar as circunstâncias que levaram a esse episódio de violência", escreveu Danilo Lovisaro do Nascimento, procurador-geral de Justiça do estado, em comunicado .
A estrada que dá acesso ao presídio Antônio Amaro foi interditada e familiares dos detentos que realizariam visitas nesta quarta-feira aglomeram-se no local em busca de mais informações. Todas as visitas foram canceladas.