Ministro da Justiça, Flávio Dino, dá detalhes sobre investigação do caso Marielle Franco
Reprodução / CNN Brasil - 24.07.2023
Ministro da Justiça, Flávio Dino, dá detalhes sobre investigação do caso Marielle Franco

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse, nesta segunda-feira (24), que a delação premiada de Élcio Queiroz trouxe novas informações sobre a  morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes para as investigações da Polícia Federal. Os elementos teriam fundamentado a  operação realizada pela PF nesta manhã.

"Élcio Queiroz confirmou em delação premiada a participação dele próprio, do Ronnie Lessa e do Maxwell. Temos o fechamento desta fase, com a confirmação de tudo que aconteceu no crime. Há elementos para um novo patamar da investigação, que é descobrir os mandantes", disse Dino durante coletiva sobre o avanço das investigações sobre o caso.

Conforme o ministro, a delação foi feita há cerca de 15 dias e homologada pela Justiça. Na ocasião, ele teria apontado a participação do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, também conhecido como Suel, no assassinato.

Dino disse que, nas próximas semanas, outras operações contra alvos apontados nas investigações como mandantes do crime devem acontecer.

"As provas colhidas pela Polícia Federal concluíram de maneira inequívoca da participação do Ronie Lessa, do Elcio de Queiroz e também do Suel no crime", afirmou. "O senhor Suel fez o trabalho de monitoramento e campana da rotina da vereadora Marielle Franco e, posteriormente, no acobertamento dos executores."

De acordo com a investigação, Maxwell Correa era proprietário do carro em que foram guardadas as armas que estavam no apartamento de Lessa. Em 2021, ele foi condenado a quatro anos de prisão por obstrução de Justiça. Ele pôde cumprir a pena em regime aberto.

Correa foi preso nesta manhã, na Operação Élpis, da PF e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

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