Maxwell Simões
Reprodução/redes sociais
Maxwell Simões

A Polícia Federal confirmou nesta segunda-feira (24) que a vereadora Marielle Franco, morta em 2018, era monitorada pelos suspeitos desde agosto de 2018. Segundo a investigação, o bombeiro Maxwell Simões Corrêa era o responsável por repassar as informações sobre a localização da ex-vereadora a Ronie Lessa, principal suspeito de atirar no carro de Marielle.

A informação tem como base a delação premiada de Élcio Queiroz, um dos suspeitos de ter participação no crime. Segundo o ex-PM, Suel, como é conhecido, era responsável por acompanhar os passos da ex-vereadora, mas não deu detalhes sobre o planejamento da vigilância.

Ele ainda disse que Maxwell colaborou no desaparecimento do carro e das armas usadas no crime. O bombeiro foi preso na manhã desta segunda-feira em sua casa no Rio de Janeiro.

"Élcio detalha algumas coisas em relação ao planejamento, e esses detalhes, e apesar de saber, não tem maiores informações, porque a efetiva participação foi a partir de 14 de março de 2018, e a participação do Suel foi ainda em agosto de 2017", afirmou Guilhermo Catramby, delegado responsável pelo caso.

Na delação, Élcio Queiroz admitiu ter dirigido o carro usado no homicídio e que Ronie Lessa atirou em Marielle Franco com uma submetralhadora. A PF ainda ressaltou que, embora tenha colaborado, o ex-PM continuará preso.

"A novidade que houve foi a colaboração, que não é por acaso. Fruto de trabalho de revisão, melhoramos o arcabouço probatório para que pudesse investir numa linha estratégica de delação. Foi corroborada com levantamento. Não adianta receber informação por si só. Só adianta quando é corroborada. Se mostrou, em vários momentos, completamente de acordo. A versão a presentada foi confirmada de forma bem taxativa", concluiu o promotor Eduardo Morais.

Prisão de Maxwell

A Polícia Federal prendeu Maxwell Simões Correa nesta segunda-feira (24) em um condômino na Zona Oeste do Rio. Conhecido como Suel, o ex-sargento do Corpo de Bombeiros é apontado pelas investigações como cúmplice no assassinato de da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes.

Ele é um dos melhores amigos de Ronnie Lessa, apontado como autor do crime, e o ajudou a esconder e descartar armas usadas no assassinato.

Maxwell já foi preso antes, em 2020, quando seu carro estava entre os alvos de uma operação de busca e apreensão para elucidar a execução da vereadora e seu motorista. Ele ainda é suspeito de atrapalhar as investigações do caso.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!