O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou, na quarta-feira (5), que Monique Medeiros, ré pela morte do próprio filho, Henry Borel, voltasse imediatamente à prisão . Na manhã desta quinta-feira (6), por volta das 6h ,ela voltou a ser presa. Policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) a encontraram em Bangu , na Zona Oeste do Rio, onde ela morava há quase um ano.
Medeiros será levada ao Instituto Penal Santo Expedito, em Gericinó, onde ficou detida anteriormente.
A acusada estava solta desde agosto do ano passado, quando o Superior Tribunal de Justiça ( STJ ) aceitou habeas corpus e autorizou que ela respondesse em liberdade.
O recurso que pedia a volta de Medeiros à prisão foi apresentado pelo pai da criança, Leniel Borel . Após a decisão do STF, ele comemorou: "Glória a Deus! Gratidão eterna ao STF, que está fazendo justiça pelo nosso Henry Borel assertivamente em todas as fases do processo", disse através de nota.
De acordo com a decisão do ministro Gilmar Mendes, divulgada ontem (5), "a decisão recorrida [do STJ] não apenas se divorcia da realidade dos autos, como também afronta jurisprudência pacífica deste tribunal, a justificar o acolhimento da pretensão recursal".
O magistrado ainda cobrou que o julgamento seja realizado para condenar a professora.
"Nada justifica que um delito dessa natureza permaneça, até hoje, sem solução definitiva no âmbito da Justiça Criminal, a projetar uma grave sensação de insegurança entre os membros da comunidade", concluiu.
Monique Medeiros é acusada de participar da morte do próprio filho, Henry Borel, de 4 anos, em março de 2021. Além dela, o padrasto do garoto, o ex-vereador do Rio Jairo Souza, conhecido como Jairinho, também responde pelo crime.
Monique e Jairinho devem ir a júri popular. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.