A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito acerca do atentado no Colégio Estadual Prof.ª Helena Kolody, e aponta que o mentor intelectual do ataque à escola de Cambé, no norte do Paraná, foi o rapaz de 18 anos preso em Gravatá, em Pernambuco, na última quarta-feira (21). Ele e o atirador teriam se conhecido ainda em 2021 e, segundo os investigadores, o jovem pernambucano teria um grupo que estimulava atos de violência e pagava àqueles que cometessem atos de crueldade.
"Mensagens encontradas no celular do autor do crime mostram que o jovem de Gravatá o incentivou a cometer o crime", disse o delegado-chefe da Subdivisão da PCPR em Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro Gonçalves Amorim. O atirador de 21 anos, que foi preso em flagrante após disparar contra um casal de jovens de 17 e 16 anos, havia planejado o atentado em três ocasiões diferentes e desistiu de realizá-lo no dia 20 de abril, data do massacre de Columbine que ocorreu em 1999, nos Estados Unidos. Em 19 de junho, porém, o ex-aluno do colégio foi à escola para retirar seu histórico acadêmico e atirou contra os estudantes.
Segundo a polícia, antes de realizar os atos, ele entrou no banheiro da escola, onde ficou por quatro minutos. Foi nesse momento que publicou, nas redes sociais, um documento intitulado "manifesto contra o estado opressor", citando ainda o bullying sofrido como motivação para o crime.
Cinco suspeitos foram presos, incluindo o atirador, detido em flagrante, que foi encontrado morto na cela de detenção um dia depois do caso. A quinta prisão foi de um homem de 39 anos, em Rolândia, na segunda-feira (26), e as aulas no colégio foram restabelecidas no mesmo dia, com a segurança reforçada no local.
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