A Polícia Federal diz suspeitar que o casal envolvido no esquema desvio dos contratos de kit robótica, no Alagoas, estão ligados em atuações em transações do tipo. Pedro Magno e Juliana Cristina foram flagrados entregando dinheiro que, supostamente, tem origem no esquema de desvio, e foram alvos de um mandado de prisão, como parte da operação Hefesto. Eles foram presos no dia 1 de junho, mas foram liberados no dia seguinte.
A PF investigou que o nome de Pedro e Juliana aparece em contratos de uma rede de empresas, que são suspeitas de serem fachada, e que vem recebendo altos valores de companhias com contratos públicos.
Dentre essas empresas, está a Megalic, que foi vencedora de uma série de licitações para a compra de kit robótica para o Alagoas . A empresa é ligada a Edmundo Catunda, que é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e que também é responsável pela construtora que fez a casa de um dos auxiliares de Lira e que está ligado ao esquema.
A PF informou no pedido de prisão que as transações financeiras "demonstram sérios indícios" de que o casal "seriam possivelmente operadores de considerável e amplo esquema de lavagem de capitais em vários estados da Federação, ocultando e dissimulando bens, direitos e valores provenientes de práticas delitivas cometidas por diversos núcleos criminosos, com ou sem conexão entre si".
A representação ainda levanta que: "Após o devido avanço investigativo com as medidas aqui pleiteadas, bem como identificação e individualização de condutas, serão elaboradas e enviadas Notícias-crime específicas às unidades da Polícia Federal responsáveis pelas apurações em suas circunscrições, com possível compartilhamento de informações".
O casal vem sendo monitorado desde 2022. Os investigadores flagraram o momento em que eles realizam o saque do dinheiro e faz a entrega dos valores em Brasília, Luziânia (GO), Goiânia, Florianópolis e Maceió.
O esquema em que Pedro e Juliana estão sendo investigados acabou levando a Luciano Cavalcante , ex-auxiliar do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ele foi demitido logo após as operações iniciarem.