Em cinco meses de gestão Lula, desmatamento cai 31% na Amazônia, mas cresce 83% no Cerrado
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Em cinco meses de gestão Lula, desmatamento cai 31% na Amazônia, mas cresce 83% no Cerrado

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) , os alertas de desmatamento na Amazônia apresentaram uma queda de 31% nos primeiros cinco meses do governo Lula, conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Por outro lado, no Cerrado, a situação é oposta, com um aumento de 83% nos alertas de desmatamento em maio e um aumento de 35% no acumulado de janeiro a maio. A informação foi divulgada durante uma apresentação realizada pelo MMA.

O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real ( Deter ) do Inpe alerta diariamente sobre mudanças na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), incluindo áreas totalmente desmatadas e em degradação florestal devido a atividades como extração de madeira, mineração, incêndios florestais, entre outras.

Segundo os dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), 77% do desmatamento ocorrido no cerrado entre janeiro e maio foi identificado em propriedades cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) . Isso significa que são áreas com responsáveis conhecidos dentro dos sistemas estaduais.

Os desafios da ocupação agrícola do Cerrado para o Meio Ambiente

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmou que está solicitando dados aos 24 municípios responsáveis por mais da metade do desmatamento no bioma. O governo espera que as entidades estaduais e municipais esclareçam se houve autorizações para o desmatamento ou se foram tomadas medidas para combater a devastação.

Governo estuda aprovar aumento no valor das multas ambientais

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, informou que o governo aplicou multas no valor de R$ 2,23 bilhões, representando um aumento de 160% em relação ao período anterior. Além disso, foram emitidos 7.196 autos de infração, que são notificações formais de crimes ambientais, como desmatamento ou queimadas, e 2.255 fazendas, glebas ou lotes foram embargados.

Sistemas de monitoramento e desmatamento na Amazônia

O sistema Deter não é o indicador oficial de desmatamento do governo, de todo modo, ele fornece também os alertas sobre as áreas onde o problema está ocorrendo.

Oficialmente, o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) que é considerado o sistema mais preciso para medir as taxas anuais de desmatamento.

Outros dados do desmatamento na Amazônia

Em conformidade com o último relatório divulgado pelo Prodes em novembro, a área desmatada na Amazônia foi de 11.568 km² entre agosto de 2021 e julho de 2022, o equivalente ao tamanho do Catar.

Esse índice representa uma queda de 11% em comparação com a temporada anterior (agosto de 2020 - julho de 2021), quando o número registrado foi de 13.038 km², o maior desde 2006.

Governo de Jair Bolsonaro registrou recorde no aumento do desmatamento

Apesar dessa diminuição atual, o desmatamento na Amazônia aumentou 59,5% no período dos últimos quatro anos do governo Jair Bolsonaro, registrando o maior aumento da taxa percentual de desmatamento em um mandato presidencial desde o início das medições por satélite em 1988.

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